Resfriamento. Essa é a palavra-chave de uma corrente de pesquisadores do clima que se opõem aos alarmistas. Esse grupo considera que uma mudança climática possui múltiplos fatores, até mais decisivos que a emissão de gases como o CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera. “Se você projetar, através de modelagem, a temperatura baseado no aumento de concentração de CO2 na atmosfera, você realmente vai causar um aumento de temperatura. Mas essa relação é muito imediatista”, considera Gilmar Bristot.
#SAIBAMAIS#Para ele, os ciclos solares são extremamente importantes. As fortes atividades na superfície do Sol causam os ventos solares. Eles chegam a Terra em forma de calor, o que ultrapassa a atmosfera é absorvida pelos oceanos e nosso solo. “Os oceanos absorvem essa energia, transformam em calor e liberam na forma de El Nino. É exatamente nesse período que se tem diminuição de sequestro de gás carbônico pelos oceanos. Uma coisa puxa a outra”, explicou.
Esses ventos também atrapalham as condições necessárias para formação de nuvens. De acordo com o meteorologista da Emparn, os momentos mais chuvosos ocorrem justamente no intervalo entre esses ciclos solares, o que leva cerca de 11 anos. “O efeito local do aquecimento existe por conta da formação das ilhas de calor [nas cidades]. De forma global, o que implica mais nesse aquecimento é o ciclo solar”, considerou.
Ele ressalta que este ano ainda está sob influência desse ciclo, mas que o próximo ano já existe um intervalo. Sem ele, há grande probabilidade da formação do fenômeno La Nina, o que possivelmente encerrará o período de chuvas abaixo da média no semiárido nordeste.
“A Nasa prevê que esses ciclos serão cada vez menos intensos. Falam até em era glacial na América do Norte”, comentou. Vale lembrar que outros pesquisadores não-alarmistas descrevem diversos ciclos, como o nodal (envolve a Lua), para afirmar que o planeta não caminha para um aquecimento, tampouco qualquer atividade humana seria suficientemente relevante para interferir na vida do planeta.
