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Atores fazem protesto no final do Auto de Natal

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A última apresentação do Auto do Natal “Maria, José e o Menino Deus”, na noite de ontem, acabou ofuscada por um protesto feito pelos artistas que encenavam o espetáculo. Talvez o grande público não tenha compreendido os gestos que eles fizeram no fim da peça, mas a prefeita Micarla de Sousa e seus auxiliares certamente, entenderam o recado.

Bibi Ferreira encantou o público que foi ao anfiteatro do Campus Universitário assistir ao Auto de Natal. Último dia do espetáculo foi marcado por protesto de atoresOs atores, dançarinos e figurantes se queixavam pelo fato de não terem recebido o cachê pelo trabalho na peça até o meio-dia de ontem, prazo máximo estabelecido pela organização do auto. Como sinal de revolta, após o agradecimento ao público, a grande maioria dos 120 artistas foi à beira do palco e, com a mão tapando a boca e o dedo em riste, na direção do camarote da prefeitura, fizeram um “protesto silencioso.”

“Tivemos essa ideia porque se gritássemos, eles iriam aumentar o som ou cortar nossos microfones”, disse o ator Adolfo Ramos, que representou o sumo-sacerdote no Auto. Segundo ele, as falhas com os artistas começaram ainda durante os ensaios.

“A prefeitura não assinou os contratos na data marcada”, disse Adolfo. Um outro ator, que não quis se identificar, chegou a dizer que houve pequenas paralisações durante os ensaios, para que os contratos fossem finalmente assinados. Adolfo contou que na véspera da confusão, um dos diretores do espetáculo se reuniu com os artistas e garantiu que o dinheiro sairia ontem ao meio-dia, o que não aconteceu. Os atores e dançarinos ameaçaram não subir ao palco. Panos quentes foram jogados na situação e a peça começou ontem com uma hora de atraso.

De acordo com o secretário de Comunicação do Município, Jean Valério, a prefeitura não poderia fazer o pagamento antes das encenações acontecerem. “É uma questão legal. A prefeitura não pode pagar por um serviço que ainda não foi totalmente prestado”, disse Jean. Ele garantiu que o pagamento será feito hoje e que a prefeita se dispõe a ouvir os artistas. “Ela está valorizando os artistas locais e está à disposição deles”.

Alheio a essas questões burocráticas, o público mais uma vez prestigiou o Auto do Natal 2009. A montagem deste ano se caracterizou pela fidelização ao tempo e espaço em que aconteceu a história da Sagrada Família. Começando o roteiro ainda pelas vidas de Santana e São Joaquim, avós de Jesus, a montagem passa pela infância de Maria até chegar ao Menino Deus. O auto ganhou também pela qualidade do som e pela interatividade dos atores com recursos multimídia, como projeções em vídeo.

Bibi Ferreira

Logo após a apresentação do Auto do Natal o público que lotou o anfiteatro do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte pôde se deliciar com o brilhantismo, a força e a competência de Bibi Ferreira, ícone dos palcos brasileiros. A diva cantou sucessos de Edith Piaf, em companhia da Banda Sinfônica da Cidade do Natal. “Estamos trazendo uma Bibi mais jazzística, mais moderna, mais de hoje”.

Quem é fã da atriz e cantora, pode matar a saudade de seu estilo inconfundível. Bibi esteve em Natal entre os anos de 2000 e 2002, sempre nas comemorações natalinas, e daqui levou lembranças. “Me lembro que em uma da apresentações eu estava cantando e ouvi um rapaz dizer na platéia: Demais! Fiquei tão emocionada que esqueci a letra”, brincou. 

Antes da apresentação ela recebeu repórteres da imprensa potiguar para uma coletiva e atendeu a todos atenciosamente, chegando a oferecer jujubas aos profissionais da imprensa. Quem fez um papelão foi o empresário dela, Nilson Raman, que se irritou quando uma jovem repórter tocou no tema “encerramento de carreira”. “Você está louca?” “De onde você tirou isso” Em seguida ele encerrou a entrevista de repente, de forma grosseira.

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