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Atraso preocupa companhias áreas

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A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) – que representa as companhias Avianca, Azul, Gol e TAM – manifestou ontem preocupação das associadas com a falta de acesso rodoviário adequado ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. A manifestação, divulgada à imprensa por meio de nota, foi externada também ao governo do estado, por meio de ofício endereçado à governadora Rosalba Ciarlini e ao diretor estadual do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN) Demétrio Torres. “A existência de adequada infraestrutura de acesso terrestre é imprescindível para o planejamento das companhias aéreas e para o início das operações no novo terminal”, disse a Abear.
Um dos acessos ao novo aeroporto: obra demorou a começar e corre risco de atraso, de acordo com informações do Governo
Por meio da associação, as empresas alertam para a necessidade de um prazo mínimo entre 60 e 90 dias para a transferência de suas operações do atual aeroporto, o Augusto Severo – localizado em Parnamirim – para São Gonçalo do Amarante. “O acesso atual, que se dá por estrada de terra batida, não oferece condições que permitam o transporte dos equipamentos das companhias, bem como de funcionários”, afirmou a Abear.

A preocupação da entidade é manifestada após atrasos no início da obra – superiores a um ano – e a confirmação do Governo do Estado de que apenas um dos dois acessos – o que interliga o aeroporto à BR-406, zona Norte de Natal e ao litoral Norte do estado – estará pronto a tempo do início da operação do aeroporto, previsto para abril de 2014. O acesso sul, que passa pela BR-304, será entregue um mês depois, conforme informações divulgadas pelo governo.

No ofício enviado à governadora e ao DER, a Abear pediu urgência para sanar “obstáculos que atrasam a execução de obras de pavimentação”. A Abear não disponibilizou porta-voz para entrevista. A assessoria de imprensa da Associação limitou-se a dizer que a entrega do documento endereçado a governadora Rosalba Ciarlini e ao diretor do DER, Demétrio Torres, foi confirmado pelos Correios. O secretário de comunicação do Estado, Edilson Braga, informou que o DER responde pelo caso.

Contrato para obra termina em maio de 2014

O diretor do DER, Demétrio Torres, foi categórico ao afirmar, ontem, que o prazo contratual para a entrega dos acessos ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante é mantido para o dia 30 de maio de 2014, como já havia sido divulgado. Torres afirmou não ter recebido qualquer ofício da Associação e que não iria se pronunciar, enquanto não fosse notificado. Em tom áspero, ele rebateu a preocupação das companhias. “Deveriam ter mostrado preocupação e participação durante os 15 meses que ficamos peregrinando recursos para tocar a obra”, rechaçou.

O secretário informou que as obras já foram iniciadas e que, a partir da próxima semana, será feita a retirada da vegetação na área. O Consórcio Inframérica, que detém a concessão do ASGA, foi procurado, mas preferiu não comentar o assunto. Por meio da assessoria de imprensa, disse que só comenta sobre as obras em andamento para construção do Terminal de Passageiros, “que estão dentro do planejamento e cronograma”. “Em relação aos acessos, o ideal é procurar os órgãos públicos”, disse. Em julho, o presidente do Conselho de Administração do  Consórcio, José Antunes Sobrinho, afirmou à TN que o  atraso em mais de um ano na  construção dos acessos era motivo de preocupação.

Aeroporto

A previsão do consórcio é que as obras do aeroporto sejam concluídas em dezembro deste ano e que os terminais comecem a operar em 30 de abril de 2014, a tempo para que aproveitem o fluxo esperado com a Copa do Mundo. Mais de 40% da obra – entre evolução das obras civis como também os investimentos em projetos e linha de transmissão de energia elétrica- está concluída. A TRIBUNA DO NORTE tentou, sem sucesso, contato com o diretor regional da EIT Engenharia, Dorian Carlos de Melo, que não atendeu e nem retornou as tentativas de ligação. A informação na sede da empresa em Natal era de que o executivo estava no interior.

A EIT foi convocada para realizar a obra, em junho desse ano, após a Queiroz Galvão, que havia vencido a licitação, ter desistido do contrato. As empresas TAM e a Gol preferiam “ se manifestar sobre o assunto apenas por meio da Abear”.

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