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Aulas são suspensas no primeiro dia

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O que deveria ser o primeiro dia de aula para a rede pública estadual de Educação, foi de corredores e salas vazios nas escolas de Natal. Os problemas apontados pelas direções, para justificar o atraso, foram desde a realização da semana pedagógica até a situação de instalações em reforma. Mesmo as instituições que recepcionaram os alunos, liberaram os estudantes mais cedo por causa da assembleia dos professores, que decretou greve por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira, 29. Ontem, a TRIBUNA DO NORTE percorreu oito escolas estaduais e em três delas os alunos tiveram aulas, mas foram liberados antes das 11h.  

No Atheneu Norte-Rio-Grandense, por volta das 8h30 de ontem, as alas permaneciam como na semana passada, sem nenhum aluno, enquanto trabalhadores continuavam as obras de reforma do prédio. Em reportagem publicada no último domingo (26), a gestora da escola, Severina Targino, afirmou que as aulas seriam iniciadas nesta terça. Ontem, ela explicou que os reparos em um banheiro da ala 1 teriam motivado o atraso. “Combinamos com a secretaria para começar as aulas na próxima segunda (3). Porque esse trabalho no banheiro poderia causar um acidente com algum aluno e não podemos correr risco”, afirmou.

#SAIBAMAIS#Mesmo com o anúncio da greve, feita no início da manhã, os diretores ouvidos afirmaram que os alunos deverão ter algumas aulas, visto que parte dos professores não adere ao movimento sindical. A escola Padre Miguelinho, no Alecrim, zona Leste da capital, também marcou para a próxima segunda-feira (3) o início das aulas.

A vice-diretora Edna Cunha aponta o atraso na semana pedagógica (que deve acontecer nos próximos três dias), como um dos motivos da escola não ter seguido o calendário da Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte (Seec). “As matriculas demoraram, teve gente que não se matriculou ainda. Ainda estamos formando as turmas e precisamos saber se os professores vão aderir à greve”, falou a vice-diretora da escola.

Na escola Francisco Ivo Cavalcanti, na zona Oeste, já por volta das 11h, os alunos estavam liberados no primeiro dia do ano letivo. Estudante do 2º ano do Ensino Médio da Francisco Ivo, Camila Naomi, de 16 anos, não acredita que a greve prejudique tanto o ano. “Na maioria das vezes, não muda muita coisa. Nunca para tudo”, afirma.

O diretor Cleone Cavalcante explica que o primeiro dia é usado para recepcionar os alunos, explicar as normas das escolas e apresentar a estrutura. Nas escolas Winston Churchil, na Cidade Alta, e Walfredo Gurgel, em Candelária, as aulas começaram ontem, mas os estudantes foram liberados após uma hora de aula, por causa da assembleia. Helder Lucas começaria a cursar ontem o 3º ano do Ensino Médio no Winston Churchill. “Falta professor e a gente não tem aula. A qualidade é ruim e a forma de ensino [parte das disciplinas são vistas no 1º semestre e o restante no 2º] também”, reclama.

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