sexta-feira, 19 de abril, 2024
29.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

Aumentar limite de renda ajudará a preencher vagas pelo Fies, dizem particulares

- Publicidade -

Um aumento no limite de renda para o estudantes acessarem o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) será o próximo nó que terá que ser desatado para que o programa tenha maior eficácia, de acordo com instituições particulares.
MEC estabeleceu que só poderiam obter financiamento os estudantes com renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos
No ano passado, o Ministério da Educação estabeleceu que só poderiam obter financiamento os estudantes com renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos.

A limitação contribuiu, segundo os donos das escolas, para que parte das vagas ficasse ociosa. No mais recente processo seletivo, no início do ano, quase a metade das matrículas oferecidas deixaram de ser ocupadas, conforme dados do MEC.

“Aumentando a renda, aumenta o percentual de financiamento e faz com que mais estudantes possam ter acesso ao ensino superior. Diminui também a inadimplência. É um ciclo que melhora todo o processo”, diz o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, Sólon Caldas.

Ontem (27), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a questão é avaliada, e que o impacto do aumento do teto é calculado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. De acordo com o ministro, o teto poderá ser ampliado para 3,5 salários mínimos por pessoa, o que, em valores atuais, equivale a R$ 3.080.

Mercadante anunciou mudanças no Fies. As novas regras incluem a flexibilização da oferta de cursos prioritários. Até o mais recente processo seletivo, 70% das vagas eram oferecidas para as áreas de saúde, engenharia, licenciaturas e pedagogia. Agora serão 60% para essas áreas.

Haverá ampliação do prazo para conclusão da inscrição de cinco dias corridos para cinco dias úteis, e maior autonomia para a instituição confirmar a matrícula do estudante. Além da redução do patamar mínimo de prestação do Fies, de R$ 100 para R$ 50. As mudanças valerão para os contratos assinados no segundo semestre.

Sólon Caldas explica que para o setor as mudanças são positivas. “Todas essas modificações terão impacto no ensino superior. Muito mais alunos terão acesso ao financiamento. Em um primeiro momento, o MEC restringiu muito o programa e agora viu que não está preenchendo as vagas”, diz.

O Fies oferece financiamento de cursos em instituições privadas a uma taxa efetiva de juros de 6,5% ao ano. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante. Atualmente, 2,1 milhões de estudantes participam do programa.

Fonte: Agência Brasil

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas