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Aumento do déficit

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Brasília (AE) – Não vai dar para ignorar. Embora governo e oposição não queiram tratar do tema agora, devido ao enorme desgaste político que o assunto acarreta em um ano eleitoral, especialistas são unânimes em defender a reforma da Previdência como o primeiro item da agenda do próximo governo, seja quem for o vitorioso nas eleições. O diagnóstico não é favorável e a saída para o déficit crescente passa pela necessidade de manter as pessoas trabalhando por mais tempo

A necessidade de uma nova reforma, que não dispensa ações como combate à fraude e à sonegação, segundo os especialistas, tem um motivo simples: apesar das reformas já realizadas, as despesas com aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) triplicaram nas últimas duas décadas, enquanto a arrecadação permaneceu mais ou menos estável.

A despesa com benefícios, que em 1998 representava 2,6% do Produto Interno Bruto, saltou para 7,6% do PIB no ano passado e pode chegar a 8,60% este ano. “É um salto sem precedente na história”, afirma o ex-ministro da Previdência José Cechin. Ele explica que essa explosão na despesa fez com que a Previdência saísse de uma situação de superávit para déficits crescentes em menos de duas décadas. Parte do problema, segundo ele, decorre do ganho real (reajuste acima da inflação) obtido pelo salário mínimo que, só esse ano, ultrapassou a 13%.

 “O salário mínimo tem impacto considerável nas contas da Previdência, pois dois terços dos 24 milhões de segurados ganham o piso salarial do País”, disse.  Outra parte do problema, segundo Cechin, é que as regras para obter aposentadoria são ainda excessivamente generosas.

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