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Aumento nos casos está ligado ao envelhecimento

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As projeções de aumento dos casos de câncer no Rio Grande do Norte, no Brasil e no mundo só tendem a aumentar, principalmente, porque a doença está ligada ao envelhecimento da população, descreve o  superintendente da Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer, Roberto Sales.

Superintendente da Liga, Roberto Sales: “temos no diagnóstico precoce um grande trunfo”


Superintendente da Liga, Roberto Sales: “temos no diagnóstico precoce um grande trunfo”

#SAIBAMAIS#O médico oncologista explica que a realidade é que o câncer é uma doença predominantemente do adulto. “A grande maioria dos casos de câncer acometem pessoas acima de 60, 65 anos”, afirma.

Há três fatores que favorecem o aparecimento do câncer: alterações genéticas, alterações ambientais e o aumento da idade, segundo o médico.

Segundo ele, os estudos apontam que em uma década, o câncer deve ser a principal causa de mortes no mundo, posição ocupada hoje pelas doenças  cardiovasculares.

Com as novas medicações e o aumento de pacientes com boa alimentação e prática de exercícios físicos, a tendência é que as doenças cardiovasculares diminuam.

No caso do câncer é diferente, compara Roberto Sales. A doença não tem como ser prevenida na maioria dos casos. “É uma doença muito complexa, que não é causada por um agente específico. São alguns fatores que levam a alteração celular, que se degenera e se transforma ao longo do tempo em câncer”, ressalta.

Para muitos cânceres o êxito está no diagnóstico precoce como nos de colo de útero fazendo o preventivo, do trato gastrointestinal com  endoscopia, colonoscopias. Os mais comuns na mulher (mama) e no homem (próstata), não tem como prevenir mas o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura. “Se a gente conseguisse prevenir seria ótimo mas a gente tem um grande trunfo, que é o diagnóstico precoce”.

Na Liga, único Centro de Alta Complexidade (Cacom) do Estado, os pacientes em tratamento sejam do SUS, de planos de saúde ou particulares, são acolhidos de forma humanizada e com alta tecnologia, explica o médico. “Temos qualidade na atenção e tratamento dos pacientes. Isso é o nosso propósito e a gente consegue isso, e a população entende e reconhece”, frisa.

Roberto Sales orienta a população a procurar o posto de saúde, a UPA mais próxima, o médico de confiança a qualquer sinal de alerta no corpo para exames orientados.

No caso das mulheres, o autoexame de mama, principalmente durante o banho, é uma das melhores formas de descobrir anormalidades no seio. Se encontrar, deve-se procurar imediatamente o especialista em mastologia. Nos homens, a visita ao urologista é a indicação para o exame de próstata.

Só o médico pode indicar exames, fazer a prevenção e indicar tratamentos em casos positivos, explica. Hoje, oncologistas e hospitais, destaca Roberto Sales, estão priorizando a individualização no tratamento. Cada paciente é tratado dentro das suas singularidades.

A Liga, destaca, é um “guarda-chuva”  sobre o paciente oncológico. “É ensino, pesquisa, prevenção, diagóstico precoce, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos”, enumera.

Segundo ele, o tratamento paliativo é um dos momentos mais delicados para o paciente. É quando o profissional médico sabe a hora de investir mais na qualidade de vida de pacientes que não respondem mais aos tratamentos convencionais, que não lhe trazem mais benefícios.

“O bom oncologista sabe quando chega a hora de suspender o tratamento (para dar mais qualidade de vida ao paciente)”, explica.

Outro benefício que o paciente tem na Liga é a Clínica da Dor, que dá medicamentos gratuitos a pacientes do SUS, que não podem comprar os remédios de dor. Eles recebem morfinas e derivados a custo zero. “A gente não quer que nenhum paciente da Liga sinta dor.”

Atendimento
Na Liga, a taxa pacientes do SUS corresponde a 71% e convênios e particulares, 29%.  No final das contas, os do Sistema Único de Saúde terminam sendo financiados pelos demais. Mas a qualidade no tratamento, explica, é a mesma para todos.

São quatro unidades, o Hospital Luiz Antônio, 100% voltado para o SUS, a Policlínica onde são realizadas as cirurgias e procedimentos mais complexos, o Centro Avançado de Oncologia (Cecan), em Natal, e o Hospital de Oncologia do Seridó, em Caicó, que atende a todos os municípios da região. Em todos eles, explica o médico, o atendimento é exemplar.

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