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Autoridades e intelectuais foram dar adeus

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DESPEDIDA - Amigos e autoridades compareceram ao sepultamentoA importância do sertanista Oswaldo Lamartine para o Rio Grande do Norte pôde ser medida, durante o velório, pelas autoridades políticas e intelectuais do Estado que compareceram para se despedir. A governadora Wilma de Faria e o senador Garibaldi Alves, por exemplo, chegaram na mesma hora à capela do Morada da Paz. Wilma se dizia emocionada não apenas pela perda do pesquisador, mas principalmente pela morte de um parente, mesmo que distante. “É um momento muito triste para a cultura do Estado. Estou me despedindo do escritor e de um parente”.

O senador Garibaldi Alves lamentou não ter convivido muito com o escritor, mas sabe o que fazer para homenageá-lo. “Diógenes da Cunha Lima me disse que se sentia um privilegiado por ter convivido com Oswaldo Lamartine. Eu, infelizmente, não tive esse mesmo privilégio e lamento muito por isso. Mas vou ler os livros que faltam dele e reler aqueles que já conheço para poder prestar essa última homenagem a Oswaldo Lamartine.  O presidente da Academia de Letras, Diógenes da Cunha Lima, prometeu atender um dos últimos desejos de Oswaldo: ser substituído na ANRL pelo amigo Paulo Balá. “Vamos marcar a eleição na academia”.

Respeito pelo legado de Lamartine

Os primeiros contatos entre Oswaldo Lamartine e o presidente da Fundação Capitania das Artes, Dácio Galvão, começaram por meio do pesquisador etnográfico Hélio Galvão, pai de Dácio, e que mantinha uma amizade muito bonita e sincera com o sertanista. “Lembro que Oswaldo morava no Rio de Janeiro  e quando vinha para cá ficava horas e horas conversando com papai. Aí quando dava meia-noite eu o deixava em casa. Eram muito amigos”, conta.

Quando Lamartine do Rio de Janeiro para morar definitivamente em Natal, essa relação se estreitou ainda mais por conta de alguns projetos que encamparam juntos. Um deles, através do Nação Potiguar, resultou num ensaio fotográfico feito pela produtora Candinha Bezerra na própria fazenda Acauã, tão cultuada por Oswaldo Lamartine. “Apesar de não ser um profundo conhecedor da obra completa dele, li apenas seus principais livros, tenho um profundo respeito e admiração pelo que ele deixou. Editamos também pelo projeto Nação Potiguar um livro e ainda queríamos reeditar o Uns Fesceninos, mas não deu. Esse ensaio fotográfico foi muito importante, principalmente porque ocorreu na própria fazenda dele e ficou muito bonito, disse.  

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