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Avianca inicia conversas com investidores

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A Avianca contratou a Galeazzi & Associados,
consultoria especializada em reestruturação de empresas e conhecida por
realizar cortes drásticos de custos, para assessorá-la financeiramente
em seu processo de recuperação judicial. A Galeazzi já tem participado
da renegociação das dívidas da companhia aérea com credores e nas
conversas com eventuais investidores, entre eles o fundo Elliott.

Avianca confirmou o corte dos voos operados a partir de Guarulhos/SP para os destinos internacionais Nova Iorque, Miami e Santiago

Avianca contratou Galeazzi & Associados, consultoria especializada em reestruturação de empresas

Segundo fontes próximas à Avianca, três investidores estão analisando a
possibilidade de realizar um aporte na empresa. A agência de notícias
Bloomberg havia informado, na última sexta-feira, que o fundo Elliott é
um dos que vem negociando – informação que foi confirmada pelo Estado.

O Elliott, do bilionário americano Paul Singer, é conhecido por comprar
empresas em dificuldades – chegou a olhar a operadora Oi por exemplo.
Foi também um fundo de Singer que adquirir a dívida da Argentina, em
2002, após o país ter dado calote. Conseguiu, 14 anos depois, receber
até 15 vezes o valor investido inicialmente. O Estado apurou, porém, que
as conversas com o Elliott ainda estão em fase inicial.

Uma injeção de capital daria uma alívio à empresa, que foi a única das
aéreas nacionais a não receber aporte nos últimos anos. Em 2018, as
companhias do setor sofreram com a alta do dólar e do petróleo, além de
queda de demanda em decorrência da greve dos caminhoneiros.

A Galeazzi e a Avianca fecharam contrato pouco antes do ano novo. Desde o
início de janeiro, três funcionários da consultoria trabalham na
companhia aérea. Segundo fonte próxima ao caso, está sendo analisada
qual será a capacidade de pagamento da Avianca após a o processo de
redução das operações – a frota diminuirá de 57 para 38 aeronaves.

Em recuperação judicial desde dezembro, a Avianca tem quase R$ 500
milhões em dívidas e está brigando na Justiça para não perder seus
aviões. Ela tem até 1.º de fevereiro para apresentar uma proposta de
pagamento às empresas que arrendam as aeronaves. Caso não seja fechado
nenhum acordo, a Justiça poderá decretar a reintegração de posse dos
aviões automaticamente.

Procuradas, Avianca e Galeazzi não se pronunciaram. A reportagem não conseguiu contato com o Elliott.


Estadão Conteúdo

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