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Avião bimotor cai em São Gonçalo

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SUSTO - Avião transportava malotes com documentos. Pilotos passam bemUm avião bimotor de uma empresa de táxi-aéreo, prefixo PT IGL, fez um pouso forçado, às 7h20 de ontem, num alagadiço na zona Rural de São Gonçalo do Amarante, a 14 quilômetros de Natal. A aeronave ficou destruída, mas o piloto e o co-piloto escaparam com ferimentos leves. Eles foram resgatados, de helicóptero, por uma equipe do Pelotão de Operações Especiais da Aeronáutica que os levou para o Hospital da Base Aérea de Natal. As causas do acidente não foram divulgadas, mas como o piloto manobrou várias vezes à procura de um local para pousar, acredita-se que o avião teve problemas mecânicos. 

O piloto Fábio Uchoa e o co-piloto Adjan Freire do Nascimento  decolaram de Recife com destino à Natal. Eles faziam transporte de malotes com documentos para compensação bancária. Segundo testemunhas, quando o avião sobrevoava São Gonçalo do Amarante, preparando aproximação para o Aeroporto de Parnamirim, ele perdeu altitude. O piloto fez um vôo rasante e pelo menos duas curvas antes de “escolher” o local da queda, um terreno plano de alagadiço e de pasto de gado.

A aeronave, no pouso forçado, percorreu cerca de 300 metros antes de parar. No caminho o avião danificou o trem de pouso e, ao passar por uma cerca de arama farpado, quebrou o vidro dianteiro. A aeronave, modelo Aerocomander AC 50, com capacidade para cinco ocupantes, ainda bateu com a asa esquerda num pé de cajá.

Os tripulantes saíram rapidamente do avião. Em menos de 25 minutos, uma equipe de militares da Aeronáutica, num helicóptero, localizou o local da queda. As duas vítimas foram socorridas para o Hospital da Base Aérea e um soldado ficou no local, guardando os destroços.

O co-piloto sofreu apenas escoriações leves. O piloto escapou com um corte no rosto e lesões leves. Ambos foram levados para o hospital para observação de 24 horas.

O local da queda é de difícil acesso. Apenas veículos com tração 4×4 conseguem chegar ao avião. A Aeronáutica usou jipes Land Rover para transportar seus homens. Os militares isolaram o local para a chegada da perícia. O avião, de pequeno porte, não tem “caixa preta”, instrumento que guarda todas as informações sobre o funcionamento da aeronave e conversação do piloto com a torre.

 O acidente chamou atenção dos moradores da região de Jacaraú. A escola local suspendeu nas aulas. Os alunos foram para o local da queda para fazer um trabalho sobre o acidente.

O superintendente do Aeroporto Internacional Augusto Severo, Manoel Henrique Bandeira, explicou que, na verdade, houve uma tentativa de pouso forçado. O avião fazia o serviço de transporte de malotes com documentos de compensação bancária.

“Foi um pipoco danado”

A dona-de-casa Josefa Miranda da Silva, 49 anos, viu o acidente com o avião bimotor. Ela, os dois filhos e o sobrinho, saíram de casa, no município de Jacaraú, para apanhar manga para revender. “O avião vinha baixinho. Eu ainda disse assim: vai cair. Ele fez umas curvas por cima de umas casas e caiu na fazenda Carnaubinha”, contou.

A queda assustou a dona-de-casa, que nunca tinha visto um avião de perto. “Foi um pipoco danado. Foi muito feio. Fiquei com medo, porque o povo disse que podia explodir. Mesmo assim a gente foi até lá”, lembrou. Ela contou que duas pessoas saíram rapidamente do avião, correndo, uma delas com um corte na testa.

Depois, em menos de meia hora, um helicóptero sobrevoou o local da queda e aterrissou, resgatando os tripulantes. “Um soldado ficou. Os homens que estavam no avião saíram daqui no helicóptero. Não sei como eles tiveram coragem de voar de novo”, disse.

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