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Bancada do PL deve ficar independente na Assembleia

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Enquanto não se abre a “janela partidária” entre 03 de março e 1º de abril para acomodação de parlamentares que pretendem trocar de partidos visando a disputa eleitoral, a bancada de três deputados do Partido Liberal (PL) deve se transformar na primeira baixa da base do  governo do Estado na Assembleia Legislativa.
João Maia afirma que o Partido Liberal vai votar favorável aos projetos de interesse do RN
O presidente estadual do PL,  deputado federal João Maia, confirmou que já vem dialogando com os deputados Kleber Rodrigues,  Ubaldo Fernandes e George Soares, que foi líder do governo na primeira metade do mandato de Fátima Bezerra (PT), a respeito dessa questão: “A tendência que tenho conversado com eles, é que a partir de agora, com a retomada do processo legislativo em fevereiro, o PL faça um bloco independente para ver como a gente fica e que posição nós vamos tomar nas eleições”.
João Maia disse que isso não implica em dificuldades na aprovação de matérias do governo que irão à votação na Assembleia, pois votará a favor de projetos que seja de interesse do Rio Grande do Norte, “como o PL sempre fez, não votaremos contra matérias de interesse do Estado em hipótese nenhuma”.
 Maia afirmou que depois da filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, o que ocorreu em 30 de novembro do ano passado, “é uma realidade, portanto, incompatível apoiar o PT no Rio Grande do Norte”.
Segundo o dirigente do PL, “entendia-se o momento que isso foi feito”, mas diante da posição nacional do partido, não tinha como se manter essa aliança em nível estadual. 
Maia também confirmou que a exemplo da formação de uma formação de um chapão para a disputa das oito cadeiras na Câmara Federal, a mesma coisa está se fazendo com relação as 24 cadeiras de deputado estadual. “Essa discussão estava sendo conduzida pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), mas como ele contraiu Covid-19 e H3N2 de uma vez só, então estamos esperando ele se recuperar para dar continuidade a essas conversas”.
“Na verdade nós temos um deadline pra isso, até 30 de março para concluir essa conversa”, destacou João Maia que continuou: “Nós estamos discutindo essa questão muito abertamente, mas a gente está discutindo se faz uma chapa só ou se faz duas da base do governo, a questão é se saber se elegemos mais fazendo uma chapa só ou se é melhor fazer duas chapas para eleger mais”.
Para isso, João Maia, que conversou com a TRIBUNA DO NORTE após uma reunião administrava que o ministro Fábio Faria (Comunicações) teve com prefeitos no Holiday Inn,  na tarde de ontem, confirmou que teria uma conversa com o deputado federal General Girão (PSL), ainda à hoje, e hoje com a deputada Carla Dickson (Pros) “para vermos em que direção nós vamos caminhar, nós estamos trabalhando o tempo inteiro nisso”.
Mais cedo, na rádio Jovem Pan News Natal, o deputado estadual Albert Dickson (Pros), confirmou que está de saída para o PSDB, partido que é presidido no Rio Grande do Norte pelo deputado  Ezequiel Ferreira e ainda conta com os deputados Gustavo Carvalho, José Dias, Raimundo Fernandes e Tomba Farias e para onde devem seguir os deputados Galeno Torquato (PSD) e os deputados George Soares, Kleber Rodrigues e Ubaldo Fernandes.
Dickson informou que sua mulher deputada federal Carla Dickson deve se filiar ao Partido Progressista (PP), que é presido no Estado pelo deputado federal Beto Rosado e ainda receber os deputados Benes Leocádio, presidente estadual do Republicanos e o ex-governador Robinson Faria, que preside o PSD e almeja sair candidato a deputado federal, assumindo a cadeira que é do filho Fábio Faria.
Em nota, governo rebate críticas
O governo do Estado divulgou ontem uma nota, por intermédio  da Assessoria de Comunicação Social, na qual qualifica de “politiqueiras” as críticas feitas pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, à governadora Fátima Bezerra em entrevista concedida  à TRIBUNA DO NORTE. A nota diz que o ministro esqueceu de “citar a trágica situação na qual a atual gestão recebeu o estado, mergulhado “em dívidas deixadas pelo pai [do ministro], o então governador Robinson Faria”.
O Governo do Estado do Rio Grande do Norte afirma, na nota, que “se sente no dever de relembrar à sociedade” que as declaração do ministro Fábio Faria integram “as estratégias politiqueiras de uma casta inconformada com a atuação séria e responsável da atual gestão” e “tentam retratar uma falsa realidade para amparar seus discursos e omitir a vergonha de um triste passado que marcou a vida dos norte-rio-grandenses”.
O documento trata de uma das críticas feitas pelo ministro segundo a qual o governo estadual deixou alunos da rede pública estadual de ensino sem aula durante a pandemia. Segundo o ministro, a governadora deixou “as crianças sem educação por um ano e meio”. 
“O Governo do Rio Grande do Norte que preza pela dignidade, educação e bem-estar social, em nenhum momento foi omisso em relação à retomada das aulas presenciais na rede pública”, afirma o documento divulgado pela Assessoria de Comunicação Social. 
E acrescenta: “A atual gestão seguiu as orientações do Comitê Científico e dialogou com os órgãos de controle quanto à definição do momento adequado e seguro para o retorno de crianças, jovens e adultos às escolas, adequando-as às medidas sanitárias preconizadas pelas autoridades em saúde”. Segundo a nota, “ao contrário da gestão negacionista a qual o ministro pertence e defende, causadora, por falta de atitude e decisão firme, de tantas perdas durante a pandemia de Covid-19”.
O secretário estadual de Metas do Governo, ex-deputado Fernando Mineiro, também reagiu às declarações do ministro das Comunicações que fez enfáticas críticas na entrevista publicada pela TRIBUNA DO NORTE na edição de domingo (16). 
O secretário chegou a dizer que Fábio Faria devia disputar a eleição para o governo. “O deputado Mineiro perdeu a eleição, arrumou emprego e nem foi para a Casa Civil, que era o que queria e agora fica defendendo a governadora do Estado e não tem o que defender”, rebateu o ministro.
Oposição poderá ter duas chapas proporcionais 
Pré-candidato a deputado federal e prestes a se filiar ao Partido Progressistas (PP),  ministro Flávio Farias (Comunicações), confirmou que as forças de oposição ao governo estadual e que integram a base bolsonarista no Rio Grande do Norte caminham para formar dois “chapões” para a disputa de cadeiras na Câmara dos Deputados.
“Existe a possibilidade sim de fazer duas grandes nominatas, uma no PL e outra no PP, temos avançado com relação a isso”, disse o ministro Fábio Faria, que também admitiu que o PSDB articula a formação de um “chapão” para a Assembleia Legislativa: “Não posso falar por eles, mas é o que estou ouvindo dos deputados”.
Fábio Faria reafirmou que a oposição vai chegar a um nome para o governo, com o apoio dele e do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), que também postula uma candidatura a senador, e de todo o grupo politico oposicionista: “Vamos buscar o melhor nome para tirar essa Fátima do governo”.
Depois de sofrer contra-ataques de membros do governo por criticar a postura dele com relação a desempenho da governadora Fátima Bezerra (PT), o ministro das Comunicações afirmou que na entrevista dada a TRIBUNA DO NORTE, no domingo (16), falou apenas a verdade. “Vi um monte de petista reclamando, quando reclama é porque dói e quando dói, é porque sabem que a gente vai ter o que falar”.
Fábio Faria que não via nenhum mérito da governadora pagar as folhas em atraso deixada pelo pai, ex-governador Robinson Faria: “Em  2018 tinha três mil municípios com folhas de pessoal atrasadas, dos 27 estados, dezenove com folhas atrasadas. Então era mérito do governador, no meio de 27, se tivesse com a folha em dia e era mérito do prefeito ter a folha em dia”, diz ele.
O secretário estadual de Metas do Governo, ex-deputado Fernando Mineiro, chegou a dizer que o ministro Fábio Faria devia disputar a eleição para o governo. “O deputado Mineiro perdeu a eleição, arrumou emprego e nem foi para a Casa Civil, que era o que queria e agora fica defendendo a governadora do Estado e não tem o que defender”, rebateu o ministro.
Faria ainda disse que o ex-deputado Mineiro foi líder do governo passado na Assembleia no governo passado e defendeu “e aumento para todos os tipos de carreira para aumentar greve, isso aumenta a folha e fui contra, o senhor só saiu junto com os petistas porque eu votei o impeachment de Dilma Rousseff, que hoje escondem, assim como Vaccari Neto, Delúbio Soares, José Dirceu”.
“Também me chamou de golpista, porque votei no impeachment e agora estãzo se abraçando com o MDB que deu o golpe em Dilma”, atacou Farias, que acrescentou: “o secretário Aldemir Freire telefonava para deputados votarem contra os 33% de aumento do Fundeb, que a senadora Fátima pautou e levou os recursos para as costas dos prefeitos, porque não era governadora na época”.
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