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Banco Central está preocupado com a inflação

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Brasília – Um documento colocado ontem pelo Banco Central (BC) em sua  página na internet mostra novos sinais de preocupação do BC com o aumento da  inflação. “O comportamento dos preços nos últimos meses e o ritmo de crescimento  da demanda interna sinalizam que a recente alta da inflação, inicialmente centrada  em certos produtos alimentícios, já apresenta alguns sinais de elevações mais  generalizadas”, afirma o texto. 

O documento, que traz a programação monetária do quarto trimestre, foi aprovado  na última reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). O  BC alerta que a mudança  de preços deve ser observada com “cautela” pela política de juros definida pelo  Comitê de Política Monetária (Copom) “para que seus efeitos pontuais sejam progressivamente  dissipados, sem que haja disseminação sobre os demais preços da economia, haja  vista o acentuado dinamismo do mercado interno”. 

O BC já havia feito um alerta sobre a possibilidade do forte crescimento da  demanda resultar em subida da inflação na ata da última reunião do Copom. E  voltou a manifestar o mesmo temor no último relatório trimestral de inflação,  divulgado no mês passado. Os alertas foram entendidos pelos analistas do mercado  financeiro como um recado de que o processo de redução gradual da taxa básica  de juros, a Selic, deverá ser interrompido na próxima reunião do Copom, marcada  para os dias 16 e 17 deste mês.  O documento afirma que as expectativas para os próximos meses são de “relativa  acomodação” no ritmo de crescimento do consumo, em função da alta menos acentuada  da renda, provocada pelos aumentos recentes dos preços dos alimentos, e de eventuais  reflexos da crise financeira internacional sobre a confiança do consumidor.  “Esse movimento, entretanto, não deverá exercer impacto relevante sobre o dinamismo  da demanda interna, que deverá seguir sustentando a continuidade do crescimento  da economia”, ressalta o texto. 

O crescimento das operações de crédito, de acordo com o BC, é um indicador que  evidencia a continuidade da expansão da demanda interna. “As condições mais  favoráveis na oferta de crédito vêm estimulando a procura por recursos bancários,  especialmente operações voltadas ao financiamento dos gastos de consumo”, afirma  o texto. O documento ressalta, ao mesmo tempo, que o aumento da volatilidade  dos mercados e o comportamento da inadimplência não afetaram, até o momento,  o crescimento dos empréstimos bancários de “forma especialmente relevante”.  Considera ainda que a elevação dos custos de financiamento provocados pela instabilidade  poderão resultar em alguma contenção dos investimentos, que tem crescido de  maneira favorável nos últimos meses.

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