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Bandidos tentam furar cerco na Rocinha

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A noite e madrugada de sábado foram marcadas por tiroteios esparsos na comunidade da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro.Em um deles houve confronto direto entre bandidos e militares das Forças Armadas que, desde a tarde de sexta-feira, ocupam as principais vias de acesso à comunidade, em apoio a ações da PM e Polícia Civil dentro da Rocinha.
Exército, Aeronáutica e Marinha/Fuzileiros Navais estabeleceram um cerco a Rocinha, ocupando as vias de acesso e áreras no alto do morro
Exército, Aeronáutica e Marinha/Fuzileiros Navais estabeleceram um cerco a Rocinha, ocupando as vias de acesso e aéreas no alto do morro (foto: Leonardo Coelho)

De acordo com a Assessoria de Comunicação Social do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, por volta das 4h30, elementos armados tentaram romper bloqueio do cerco estabelecido pelas Forças Armadas nas proximidades da Rua General Olímpio Mourão Filho.

Na operação, foram presos pela Polícia do Exército os cinco ocupantes de um veículo Renault Symbol e apreendidos um fuzil AK47 calibre 7,62mm com numeração raspada e quatro carregadores; uma pistola Glock calibre 9mm com dois carregadores; 86 munições calibre 7,62mm e 18 calibre 9mm; dois equipamentos de rádio transmissores; documentos; cadernos de anotações; além de pequena quantidade de drogas e dinheiro em espécie. Os suspeitos e o material apreendido foram entregues à 11ª Delegacia de Polícia, na Rocinha.

Encurralados

O delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular da 11º Delegacia de Polícia, que abrange a Rocinha, fez um apelo,  para os traficantes que estão na comunidade se entregarem. Ele disse que os integrantes da facção liderada por Rogério 157 estão encurralados no alto do morro, em uma região conhecida como Vila Verde.

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança no Rio de Janeiro, almirante Roberto Rossatto, disse que as Forças Armadas, além do cerco nas vias urbanas de acesso a Rocinha, vão realizar ações na mata para que as forças de segurança estaduais atuem com mais facilidade.

Segundo Rossatto, diferentemente das outras ações das Forças Armadas no Rio, desta vez as tropas estão atuando nos acessos à comunidade atingida e no seu entorno, na vegetação de mata fechada, com o uso de helicópteros para desembarcar homens do Exército treinados para fazer o reconhecimento e militares para auxiliar a comunicação da operação.

O primeiro contingente de homens da Forças Armadas que farão um cerco à Rocinha chegou às 16h10 da sexta-feir na Rocinha. Cerca de 150 soldados do Exército e da Aeronáutica entraram na parte baixa da comunidade junto ao túnel Zuzu Angel.

Eles foram acompanhados por policiais militares e alguns grupos se espalharam pelas principais ruas da localidade, no interior da favela. A missão principal das Forças Armadas é fazer um cerco à Rocinha para apoiar as operações das polícias Civil e Militar.

A comunidade da Rocinha, a maior do Rio de Janeiro, é alvo de operações diárias da Polícia Militar desde o último domingo (17), quando houve confrontos entre grupos criminosos rivais pelo controle de pontos de venda da comunidade. Com os tiroteios e a ação policial,cinco escolas e três unidades de educação infantil da prefeitura fecharam as portas, deixando quase 2.500 alunos sem aulas.

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