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Banhistas reclamam da falta de estrutura na praia do Forte

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PRAIA -  Turistas e natalenses redescobrem a praia do Forte

Os natalenses estão redescobrindo a praia do Forte. Com seu mar calmo, ideal para os pais deixarem os filhos tomando banho, o lugar vem atraindo cada vez mais banhistas. A grande quantidade de estrangeiros em Ponta Negra, apontada como responsável pela elevação dos preços e também pelo aumento da prostituição naquela orla, é outro fator que tem levado o natalense a buscar a praia do Forte.

No entanto, o lugar perto de onde a Fortaleza dos Reis Magos encontra-se encravada está longe de ser um paraíso. Banhistas e ambulantes pedem por melhor infra-estrutura. Eles se queixam principalmente da falta de banheiros e da pouca quantidade de telefones públicos. A lista de reclamações era maior, pois ainda incluía a ausência de lixeiras padronizadas, que só foram instaladas pela Prefeitura no final de semana passado. Elas estão em grande número no calçadão e na areia.

Nascido e criado em Brasília Teimosa, a 200 metros da praia, o ambulante Rosinaldo Bernardo de Souza, 40, o “Naudinho”, entende que faltam duas coisas essenciais para o lugar ficar ideal: banheiro e banho de bica. Ele conhece como poucos aquele “pedaço”, inclusive chegou a freqüentar a praia no auge. “Há cerca de 25 anos, tinha muita procura, depois as pessoas foram deixando de vir. Felizmente faz alguns anos que as famílias estão voltando”, diz ele, que considera a praia do Forte a mais pacata e deliciosa, em Natal, para se descansar e tomar banho. Além do mais, ao contrário de Ponta Negra, os banhistas não pagam para sentar nas cadeiras sob as sombrinhas.

A comerciante Elisban Medeiros, natalense que vive em Brasília há 15 anos, concorda. Ela chegou a Natal há poucos dias e já foi à praia com uma turminha animada. Qual praia? A do Forte. “Aqui é ótimo, tranqüilo, sem perigo para as crianças. Também tem muitos idosos caminhando. E eu não vejo muito a presença de animais. Quase não tem. Diferente de Ponta Negra, aquela confusão”.

As irmãs Larissa Cunha da Silva e Amanda chamam a atenção para a falta de banheiros, mas fora isso elas não têm muito do que se queixar. As irmãs dizem que iam muito a Ponta Negra, mas hoje não vão mais. “Preferimos aqui. É muito tranqüilo, perfeito para trazer a família. Trocamos de praia porque Ponta Negra está muito cheia e pornográfica”, disse Larissa.

O presidente do Associação dos Ambulantes da Praia do Forte, Emanuel Rodrigues Pereira, observa que o poder público não tem dado a devida atenção à praia, e tem um palpite para isso: “É porque não há turistas aqui”, diz. Além dos banheiros, ele chama a atenção para a falta de policiamento e de sinalização turística.

Vale lembrar que ali está a Fortaleza dos Reis Magos, principal ponto turístico da cidade. Quanto aos telefones públicos, ele já cansou de solicitar à Telemar, por meio de ofício, a instalação de orelhões, ao que a companhia respondeu: “não há condições técnicas para a instalação no local”.

Projeto de sinalização turística já foi aprovado

Com fluência em seis idiomas, o guia turístico free-lancer José Alberon Soares tem ajudado os estrangeiros a conhecer a história da Fortaleza dos Reis Magos e outros aspectos importantes da cidade. Ele coordena o Departamento de Educação no Sindicato dos Guias Turísticos do RN e fala que lá está sendo feito um trabalho para melhorar o nível dos guias. Alberon observa, no entanto, que nas praias falta sinalização turística. 

O secretário municipal de Turismo, Fernando Bezerril, informou que existe um projeto aprovado no Prodetur II para dotar as praias do litoral potiguar de informações bilíngües voltadas aos visitantes.

Quanto à segurança na praia do Forte, ele informou que já está funcionando, 24 horas, na Ponta do Morcego, o Comando do Policiamento do Turismo. O quiosque, cuja reforma consumiu R$ 45 mil, também serve como boxe de informações turísticas. “O comandante do Turismo fica lá dentro direto, em contato com os policiais. Eles estão fazendo a segurança em todas aquelas praias”, disse Bezerril.

Já com relação aos telefones públicos, a Telemar informou que a quantidade de orelhões existentes na praia do Forte — três — são suficientes para a área. De acordo com a Anatel, o cidadão não pode andar mais que 300 metros para ter acesso a um aparelho, e isso não ocorre ali, segundo a Telemar.  

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