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Bate papo com Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil

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Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE,  economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, comentou a respeito da educação financeira dos brasileiros e opina sobre as formas que as pessoas utilizam para quitar as suas dívidas. Confira:

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Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, durante entrevista

O despreparo do brasileiro em relação ao controle das despesas é herança cultural, falta de educação financeira?
Tem as duas coisas. Há a herança cultural no sentido de que até a década de 1990, a gente não conseguia pensar mais de um mês na frente porque tinha uma inflação muito elevada e muita incerteza na economia. Falta educação financeira nas pessoas também. O brasileiro não coloca a vida financeira como prioridade. Ele ainda não vai atrás de entender tudo isso e mudar essa situação para conseguir fazer uma reserva ou gastar com mais consciência. 
A culpa é da crise financeira?
O que eu vejo é muita gente falando que é por causa da crise. Mas não é só por conta da crise. É claro que, esse elevado número de desempregados, isso acaba sendo potencializado. Mas, mesmo antes da crise, a vida financeira não era uma prioridade para o brasileiro.
A contratação de empréstimos para quitar dívidas é arriscada?
Você recorrer a crédito para fazer as contas fecharem, seja para contas básicas ou para abrir um negócio próprio, isso é muito perigoso. Precisa ser feito com muito cuidado. 
Como é possível mudar de comportamento e ter controle financeiro?
Para conseguir passar por esse momento de fim de ano com tantos gastos e um orçamento apertado, o único jeito é fazer um planejamento financeiro. Enfrentar a situação de que a gente tem menos dinheiro do que gostaria deve ser enfrentada de frente. Eu vou precisar me ajustar para conseguir fazer essa conta fechar e ela só fecha pelo lado do gasto menor. Se quiser continuar com gastos além do que está planejado, aí a conta fecha pelo lado de conseguir um bico, uma renda extra. Mas precisa fazer um planejamento, é muito importante.
A educação financeira deve começar na infância?
É importante que a educação financeira esteja inserida na educação básica. Quando a criança aprende matemática, seria interessante que ela entendesse como usar essa matemática no dia-a-dia dela, por exemplo, na educação financeira. O ideal é que isso seja feito sempre. Isso fará dela um adulto mais consciente.
E nos adultos?
Nunca é tarde para aprender. Quem não teve essa educação de berço, não pode usar isso como motivo para não se planejar, para não tomar cuidado. Fica mais difícil, claro, aprender depois de adulto, mas não é impossível. Dá para aprender e aplicar o que a educação financeira exige. 
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