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BB vai ampliar parceria no esporte

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Brasília (AE) – O Banco do Brasil pretende alcançar a marca de R$ 100 milhões em patrocínios esportivos neste ano. O estopim para a decisão é o êxito do apoio ao handebol. Poucos meses depois de ter fechado o patrocínio, a seleção feminina conquistou o título mundial na Sérvia. Neste ano, o BB pretende ampliar a visibilidade dessa modalidade com forte apelo entre jovens. No handebol, a ideia da instituição é a ajudar a organizar uma liga para a modalidade. O diretor de marketing e comunicação do BB, Hayrton da Rocha, estima que o retorno dos investimentos em patrocínio com mídia espontânea seja equivalente ao dobro do que valor investido. No caso do vôlei, chega a ser três vezes mais. O BB diz ter patrocinado modalidades que conquistaram 22 medalhas olímpicas desde 1992, quando a seleção masculina de vôlei conquistou o ouro em Barcelona.
Banco do Brasil decidiu apoio ao handebol apostando no potencial deste esporte na Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016
O banco decidiu apoiar o handebol apostando no potencial do esporte nas Olimpíadas do Rio, em 2016. A cota de patrocínio é de R$ 4,4 milhões. O retorno já começou com o mundial da modalidade. “Provamos que com um pouquinho mais de apoio, conseguimos muito mais”, afirma Manoel Luiz Oliveira, presidente da Confederação Brasileira de Handebol. Desde o ano passado, o BB passou a “pulverizar” ainda mais seu portfólio de patrocínios, na tentativa de fisgar clientes mais jovens.

Além de manter os tradicionais vôlei de quadra e de praia, futsal, o velejador Robert Scheidt e o piloto Felipe Nasr, o banco decidiu amparar o handebol e o skate, além de três jovens atletas do tênis “chancelados” pelo tenista Guga e do velejador Bruno Prada, que competirá nos Jogos do Rio. Esses novos investimentos foram feitos quase 100% via Lei de Incentivo ao Esporte, que garante benefício fiscal, com impacto praticamente nulo no resultado financeiro do banco. Esse tipo de patrocínio com isenção fiscal representa entre 10% e 15% de tudo o que vai ser desembolsado pelo BB este ano.

Oportunidades de relacionamento com clientes e de atração de novos correntistas são fundamentais na decisão do banco de apoiar um atleta ou seleção. Além de obter retorno em mídia espontânea, o BB busca agregar à marca da instituição valores positivos e subjetivos, como brasilidade, determinação, superação e vitória. Segundo Rocha, o banco busca apoiar atletas ou confederações que representam o País para evitar “clubismos”. “Não patrocinamos paixões. Evitamos, assim, agradar uma facção e desagradar os rivais”, afirma o executivo.

O BB acredita que a opção de se livrar das revanches traz mais resultados. Pesquisas apontam a marca BB como a primeira a ser mencionada em pesquisas sobre patrocínio ao esporte, após as principais empresas de material esportivo, mesmo em modalidades que não são auxiliadas pelo banco.

A estratégia é diferente da adotada pela Caixa Econômica Federal, que em 2013 abriu os cofres para os clubes de futebol brasileiros. Mais de R$ 100 milhões foram desembolsados aos times das séries A e B do Campeonato Brasileiro de Futebol no ano passado, contra inexpressivos R$ 6 milhões de 2012.

Na cartela de patrocinados, os dois clubes com as maiores torcidas do País, Corinthians e Flamengo, mas também times da segunda divisão, como o Chapecoense (SC). O banco estatal usa o patrocínio como “moeda de troca” para a aquisição da folhas de pagamento de prefeituras de cidades que sediam times fora da primeira divisão.

Pelo lado dos patrocinados, o ex-atacante da seleção brasileira de vôlei Marcelo Negrão, campeão olímpico em Barcelona, afirma que o patrocínio do BB à modalidade foi instrumental para as conquistas em série da modalidade nos últimos anos. Foram feitos investimentos em centros de treinamento, uniformes, alimentação e tecnologia, entre outros.

Negrão lembra também que, antes do patrocínio, os atletas do vôlei, geralmente com mais de dois metros de altura, precisavam se encolher nas poltronas da classe econômica em voos longos, como Brasil-Japão.

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