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Beija-Flor está preparada para boicote na festa

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Rio (AE) – Vencedora do carnaval carioca, a Beija-Flor prepara-se para enfrentar boicote organizado no Facebook contra sua apresentação no desfile das campeãs. Por causa da homenagem à Guiné Equatorial, a escola tem sido criticada por internautas, que planejam deixar o sambódromo antes da entrada da campeã, prevista para acontecer entre 3h e 4h de domingo. Desde o anúncio do resultado do carnaval, na quarta-feira, a Beija-Flor virou assunto dos mais comentados nas redes sociais. Usuários reclamam do enredo em homenagem à Guiné Equatorial, país de população pobre governado há 35 anos pelo presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo. Patriarca de família bilionária, ele ganhou cinco eleições consecutivas com quase 100% dos votos desde que tomou o poder, em 1968.
Enredo sobre a Guiné Equatorial deu à Beija-Flor do 13º título do carnaval do Rio de Janeiro
O governo guinéu-equatoriano sustenta que não deu dinheiro à escola e que o patrocínio – R$ 4 milhões a R$ 5 milhões – veio de 30 empresas locais. O principal motivo dos ataques nas redes não é a origem do dinheiro, mas o fato de a Beija-Flor ter louvado um país antidemocrático. Logo surgiram piadas na internet sobre possíveis próximos temas da escola, como tributos ao extremista Estado Islâmico e à Coreia do Norte, ditadura asiática.

Estamos prontos para desfilar e vamos cumprir nosso dever. Só precisamos que a pista esteja lá para isso. Se querem boicotar, problema deles. O que se pode fazer? Não cabe à Beija-Flor comentar”, disse ontem Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, que comanda o desfile da escola. “Não acredito que 70 mil pessoas irão embora.” Ele não chegou a ver os “eventos” de protesto criados no Facebook, incitando boicote e vaias. Um deles é ilustrado com uma foto de notas de dólar sujas de sangue, referência à opressão a opositores na Guiné Equatorial.

A escola ainda não esclareceu quem patrocinou seu carnaval, cujos gastos superaram R$ 10 milhões. Laíla e o carnavalesco Fran-Sérgio Oliveira declararam ter recebido apoio de empresas brasileiras com projetos infraestruturais na Guiné Equatorial, que vive um boom de obras públicas. Parte das empresas citadas negaram o patrocínio. Outras não comentaram.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou  ontem que a empreiteira Andrade Gutierrez não financiou a Beija-Flor nem tem projetos em andamento na Guiné Equatorial. A empresa confirmou não ter patrocinado o desfile, mas divulgou que tem projetos em andamento, sem discriminar quais são. Segundo a embaixada do país no Brasil, Teodoro Nguema Obiang Mangue, vice-presidente e filho do presidente, não assistirá ao desfile das campeãs. Na segunda-feira de carnaval, ele representou o pai no camarote da Guiné Equatorial e assistiu à passagem da beija-flor.

Blocos desfilam neste fim de semana
Rio (AE) –
Pelo menos 41 blocos estão programados para desfilar neste fim de semana no Rio. O Monobloco, que completa 15 anos, deverá reunir 500 mil pessoas no domingo, segundo estimativa divulgada pela prefeitura. Com as obras de construção de linha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Avenida Rio Branco, o desfile do Monobloco foi transferido para a Avenida Presidente Vargas, também no centro.

#SAIBAMAIS#Estão previstos 23 blocos no sábado. No fim da manhã, o Quizomba seguirá da Rua Riachuelo até o Circo Voador, na Lapa (região central), com expectativa de receber 10 mil foliões. O bloco terá a cantora Roberta Sá como madrinha da bateria. Às 17h, a Banda Mulheres de Chico tocará em palco montado na praia do Leme, na zona sul. As organizadoras esperam 40 mil pessoas. Na apresentação, apenas músicas do compositor Chico Buarque.

O maior é o Monobloco, que deverá reunir mais uma vez uma multidão no centro. Será o primeiro desfile do grupo na Presidente Vargas. A concentração será às 8h na Praça da República. O grupo seguirá até a igreja da Candelária, no centro. A previsão de término é às 12h.

Fundado pelo compositor Pedro Luís e amigos músicos, o Monobloco programou homenagem aos 450 anos do Rio. Serão tocadas músicas de diversas épocas e gêneros, como “Rio 40 Graus”, “Cidade Maravilhosa” e “Do Leme ao Pontal” . A bateria, com 160 ritmistas, mistura samba, xote, maculelê, pop e rock. O repertório será de marchinhas, sambas e clássicos da MPB.

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