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Beleza potiguar em show de talentos internacional

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Tádzio França
Repórter

Mesmo cercada de fórmulas, a estudante de Física Vanessa Fernandes não havia calculado o número de mudanças por quais sua vida passaria só no último ano. A natalense de 20 anos passou de universitária e modelo ocasional a Miss Brasil Internacional 2018, e vai representar o país na versão mundial do concurso, o Miss Super Talent of the World, no dia 11 de maio, na Coreia do Sul. O evento é uma das dissidências do concurso Miss Universo, que foi separado entre várias franquias diferentes.

Vanessa Fernandes: Concurso de beleza depois de superar doença

Vanessa Fernandes: Concurso de beleza depois de superar doença (foto: Humberto Lopes)

As duas semanas em que Vanessa e as outras concorrentes ficarão em Seul prometem ser intensas. A potiguar embarca em breve para a Coréia e por lá vai ficar do dia 29 de abril até o dia 11 de maio. Durante esse período, suas ações serão televisionadas como um reality show, transmitido via televisão para os coreanos. “Tudo que a gente fizer durante quinze dias será televisionado. Nossas visitas a pontos históricos da capital, as passagens pelos hotéis, os passeios, e o nosso dia a dia de preparo para o concurso. Será um desafio a mais”, explica a Miss.

O concurso se diferencia dos demais pelo fato de as concorrentes terem que exibir bem mais que sua beleza. Vanessa explica que haverá provas de canto e dança, ao lado de outros mais tradicionais, como desfile de trajes típicos e de corpo. A Miss também terá que mostrar ser bem desenvolta nas respostas e estar com o inglês na ponta da língua para as perguntas. As sete primeiras colocadas do concurso receberão um contrato com uma agência coreana para modelar mundo afora.

“Mesmo que eu não seja a vencedora do concurso, as oportunidades que podem surgir daí valerão a pena demais para mim”, diz Vanessa. Para alguém que confessa ter caído de para-quedas no mundo dos concursos de Miss, ela está bastante confiante. A trajetória da estudante universitária na área é curiosamente rápida. “Eu não sonhava em ser Miss. Sempre gostei de moda e passarelas, mas não Miss”, afirma.

A chegada às passarelas e concursos veio num momento delicado de sua vida. “Em dezembro de 2016 tive uma trombose superficial na perna, e tive que passar um tempo numa cadeira de rodas. Foi um golpe na minha auto-estima”, conta. Em janeiro ela estava ainda se recuperando quando um amigo sugeriu que Vanessa deveria participar de um concurso de beleza. Ela foi meio a contragosto, mas tirou o 2º lugar.

Apesar dos elogios, Vanessa considerou o concurso como um passatempo e decidiu parar por ali. Ela só queria esperar o resultado do Enem e também arranjar um emprego comum. “Estava tudo dando errado pra mim, até que um desconhecido me aborda e diz que ‘2017 seria o meu ano’. Fiquei abalada com aquilo. Depois soube que passei no curso de física e veio o convite para participar de mais um concurso. Resolvi encarar tudo. E tem dado certo, uma reviravolta total”, conta.

Os desafios também estão fora das passarelas. Estudante do 3º período do curso de física, ela vive num ambiente quase que totalmente masculino e nada glamouroso. “Esse desafio, na verdade, é o que todas as mulheres enfrentam. Acredito que estou num processo evolutivo e pronta para derrubar as barreiras que surgirem na minha frente”, afirma ela, que também dá aulas de passarela para crianças e adultos. No momento ela é representada pela agência local Infinita Models.

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