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Beto Santos aponta “boicote”

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O presidente Beto Santos ressaltou que as recentes declarações do ex-presidente Eduardo Rocha, serviram para evidenciar existe um boicote a atual administração do América. Ele disse que pretende aproveitar a entrevista concedida por Rocha à TRIBUNA do NORTE para fazer os conselheiros alvirrubros realizarem uma reflexão sobre o Alvirrubro, mergulhando na análise para entender o que levou 10 presidentes a renúncia, nas últimas duas décadas.
Beto Santos negou que tenha sido “obstáculo” para a criação de um Grupo do Futebol e afirma que proposta foi modificada
Demonstrando tranquilidade e evitando tocar no nome de Eduardo Rocha, a quem preferiu se referir apenas como ex-presidente, Beto Santos acredita que é preciso  repensar um modelo de gestão para o América. O dirigente ainda destacou que frente a tudo que foi dito, resolveu falar apenas para restabelecer a verdade dos fatos explicar o verdadeiro motivo para suspensão do acordo da formação do Grupo de Apoio ao Futebol.

“Na reunião do Conselho Consultivo dia 20, a proposta foi lançada na presença de alguns ex-presidentes e também atuais dirigentes americanos. De pronto eu aceitei, nos moldes que ele colocou: solicitando autonomia total nas finanças e na administração do futebol”, lembra Bato.

O presidente disse que a situação sofreu uma reviravolta quando Eduardo Rocha resolveu passar a proposta da formação do grupo para o papel e, nela, exigia que o América passasse a quantia de R$ 350 mil para o futebol.

“Nessa última segunda-feira, quando já havia convocado a reunião que seria na terça, dia 28, ele disse, através do whatsapp, que estava redigindo a proposta e apenas questionei para saber se teria mudado algo, em relação ao que havia sido dito na reunião do Conselho Consultivo. O que chegou até a mim é que além da autonomia financeira e administrativa, o ex-presidente queria também que eu assegurasse recursos a ele. Não dá para entender, que autonomia financeira seria essa? O América não dispões desses recursos e isso ficou claro no primeiro encontro”, ressaltou Santos.

O dirigente frisou também que  o retrocesso nas negociações não ocorreu pelo fato de achar que Eduardo Rocha estava duvidando de sua palavra, ao informar que a proposta seria formulada por escrito. “Isso jamais ocorreu, não é o fato de não ter gostado. A proposta foi exposta pessoalmente e se quisessem poderia colocar no papel. Mas a proposta do papel era diferente da que foi tratada na reunião. Nela eu tinha de dar autonomia financeira, administrativa e ainda teria de garantir recursos ao grupo”, afirmou.

O presidente americano disse ter recebido a proposta formulada, através do seu vice-presidente administrativo, José Medeiros, e no mesmo instante questionou de onde  poderia garantir a quantia solicitada se o América não possui verbas para arcar com o compromisso.

Uma declaração específica de Eduardo Rocha, motivou uma resposta direta do atual presidente, a de que Beto Santos queria colocar uma bomba chiando no colo dos representantes do Grupo de Apoio ao Futebol.

“Bomba chiando, há cerca de um ano, eu tirei do colo dele e coloquei no meu. Todos se lembram que a chapa inicial para presidência do América era Eduardo Rocha e José Medeiros. Quando ele conheceu a real situação financeira do América, na ocasião, ele deixou Medeiros só. Por isso me lancei, eu entrei no lugar dele. Agora, mais uma vez, esse ex-presidente volta atrás de um posicionamento dele dentro do América”, rebate.

O mandatário americano, classificou as palavras de Eduardo Rocha de infelizes e disse que, ainda assim, elas não irão levar ele a entrar num embate pessoal com o ex-presidente. “O América não merece isso. Simplesmente por que o América é muito maior que qualquer ex-presidente ou qualquer presidente. Mas trazer a verdade à tona, restabelecer a verdade, não é criar embate. É necessário que a verdade seja dita para o bem do clube”, ressalta. “Fica claro para mim, principalmente depois daquela frase emblemática: ‘ele que colocou o América na série D, ele que tire’; deixa claro que minhas boas intenções sempre se depararam com esse boicote dentro do América que, agora, está podendo ser publicizado”.

Indagado se a formação do grupo de apoio é a única saída viável para o clube, que vive uma grave crise técnica e financeira, Beto santos disse não estar certo disso. “O que temos de buscar  agora é o que for melhor para o América. Eu não vou ser empecilho para nada. O que for melhor para o clube, vou fazer”, destacou.

Beto já está certo do próximo passo que será dado na tentativa de amenizar a crise. “Vou participar da reunião do Conselho Deliberativo, expor a realidade do clube e levantar uma reflexão, mediante as declarações desse ex-presidente e levantar uma reflexão em todos os americanos. Temos de refletir para saber por que nas últimas duas décadas existiram dez afastamentos de presidentes. Dez deles não encerraram o mandato e prova de que o América necessita ser repensado”, frisou. “Esse ex-presidente abriu um bau do que realmente existe dentro do América e que infelizmente fui inocente e fui uma vitima desse boicote velado e que hoje se tornou público. Eu não fui a única vítima”. 

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