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Biden veta entrada de viajantes do Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou ontem uma ordem executiva que restabelece a restrição de entrada no país de passageiros do Brasil. A medida suspende o efeito da decisão tomada por seu antecessor, Donald Trump, que dois dias antes de deixar o cargo derrubou a proibição de entrada de viajantes do País.
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante assinatura de novas ordens executivas
A medida assinada por Biden passa a valer hoje, no mesmo dia em que a ordem assinada por Trump com a liberação de entrada estava prevista para entrar em vigor. Não há prazo para a proibição ser revogada.
A ordem assinada por Biden cita a variante brasileira de coronavírus. “Com base nos acontecimentos em relação às variantes e à propagação contínua da doença, o CDC (Centro de Controle de Doenças) reexaminou suas políticas sobre viagens internacionais e, após revisar as situações de saúde pública dentro do Espaço Schengen, o Reino Unido (excluindo territórios ultramarinos fora da Europa), a Irlanda, Brasil e África do Sul concluiu que medidas contínuas e adicionais são necessárias para proteger a saúde pública”, diz o texto da medida.
A ordem recoloca a proibição de entrada a passageiros do Reino Unido, Irlanda, de 26 países europeus, além de Brasil e África do Sul. Viajantes que estiveram em um desses países nos 14 dias anteriores à chegada nos EUA ficam impedidos de embarcar para o país. Americanos, residentes permanentes (portadores de green card), parentes de americanos e alguns tipos de visto diplomático estão excluídos da restrição. Biden assumiu a presidência na quarta-feira com o desafio de colocar sob controle a pandemia de coronavírus no país, que tem enfrentado uma sobreposição de ondas de contágio.
Apesar do início da vacinação em meados de dezembro, os EUA levarão meses até conseguir imunizar toda a população maior de 16 anos. As estimativas mais otimistas preveem que os americanos poderão estar amplamente vacinados no final de junho. Até lá, o novo governo tenta lançar mão de uma estratégia agressiva de contenção do vírus, com a coordenação da resposta à pandemia no governo federal e a ampliação de restrições, além da determinação do uso de máscaras.
A restrição de entrada a viajantes de países onde o vírus estava mais disseminado começou a ser imposta por Trump em janeiro de 2020, quando ele barrou passageiros da China. Em fevereiro, a mesma limitação foi imposta ao Irã. Em março, Trump proibiu a entrada de passageiros do Reino Unido, Irlanda e 26 países europeus e, em maio, do Brasil. O governo Biden tenta conter a disseminação do vírus enquanto faz um esforço para ampliar a velocidade de vacinação da população nos primeiros 100 dias de governo.
A Casa Branca se preocupa também com as mutações do vírus identificadas no Reino Unido, Brasil e África do Sul e com a eventual redução da eficácia das vacinas diante das novas variantes.
Biden quer prioridades aos produtos americanos
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou ontem uma ordem executiva para ampliar a compra de bens produzidos nos Estados Unidos pelo governo federal. “Como esta pandemia deixou claro, nós nunca mais podemos depender de um país estrangeiro que não compartilha dos nossos interesses nacionais para proteger o nosso povo em uma emergência”, disse Biden, em um discurso de defesa da indústria nacional.
A medida é uma das 30 ordens assinadas pelo presidente em seus primeiros dias de governo e acontece em meio ao seu maior teste nas relações com o Congresso: a negociação do pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão enviado pela Casa Branca aos parlamentares. O plano é crucial para tirar do papel o alívio econômico prometido a trabalhadores e empregadores, em uma nova rodada de socorro para amenizar as consequências da pandemia de coronavírus. Medidas de saúde, como recursos aos Estados para organizar a distribuição das vacinas também dependem da aprovação do pacote
Ontem, Biden admitiu que as negociações devem levar algumas semanas e disse que quer um apoio bipartidário à medida. “Prefiro que essas coisas sejam bipartidárias porque estou tentando gerar algum consenso”, afirmou Biden, conhecido por sua trajetória política de busca de consenso.
Enquanto as negociações com republicanos e democratas sobre o pacote dominam o debate em Washington, Biden tem avançado com as medidas executivas. Na ordem assinada ontem, chamada de “Buy American”, o presidente aumentou a quantidade de componentes americanos que devem existir em produto para que ele seja considerado como produzido no país.
Uma parte dos gastos do governo com infraestrutura, veículos e equipamentos é limitada a bens produzidos nos EUA. Há brechas, no entanto, para a classificação de um produto como americano, a depender do material ou da quantidade que o governo precisa, por exemplo. A medida atual muda os critérios de classificação de um bem como produzido nos EUA, para incentivar a compra de conteúdo doméstico.
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