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Bispo denuncia exploração infantil no Pará

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Belém (AE) – O bispo de Marajó, dom José Luís Azcona Hermoso, denunciou ontem em Belém que crianças entre 12 e 14 anos estão se prostituindo em troca de comida em municípios como Breves, Portel e Melgaço, ao norte do Pará. “Levadas em muitos casos para a prostituição pelos próprios pais, elas abordam passageiros que transitam de barco pela região e oferecem o corpo em troca de dois quilos de carne e cinco latas de óleo de cozinha, para matar a fome da família”, afirma o bispo. Ele também acusa o Executivo e o Judiciário paraense de “total omissão” e de nada fazerem para combater esta “vergonha pública”. 

Segundo d. Azcona, a exploração sexual de crianças e mulheres no Marajó é “escancarada”, embora ele próprio tenha feito denúncias em 2006 que provocaram a ida a Portel de representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, para apurar casos como o estupro de menores envolvendo os vereadores Roberto Alan de Souza Costa, o Bob Terra, e Adson de Azevedo Mesquita. Bob Terra é filho do vice-prefeito de Portel, Ademar Terra da Costa.

As polícias Civil e Federal e o Ministério Público criticam o bispo e não demonstram nenhum interesse em investigar a exploração sexual de crianças e adolescentes, para punir os responsáveis ou combater o tráfico humano de mulheres do arquipélago de Marajó para a Guiana Francesa e Europa. “A impunidade dos criminosos é completa no Estado”, denuncia d. Azcona. Ele citou o caso recente de denúncia feita pela imprensa de que 178 mulheres foram levadas como escravas sexuais do Brasil para vários países.

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