Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou ontem estudo apontando “perspectiva de investimento” de R$ 1,050 trilhão entre 2007 e 2010 em 16 setores da economia. Desse total, R$ 470 bilhões, o equivalente a 44,7% do total, seria no setor de construção residencial. Para chegar a esse valor, o BNDES, que não financia o setor de construção residencial, usou informações de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal e da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e projeção da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Os autores do estudo, Ernani Teixeira Torres Filho e Fernando Puga Pimentel, somaram este valor de R$ 470 bilhões da construção com os valores apurados em seus trabalhos anteriores, também publicados este mês pela instituição. Eles indicam para os próximos quatro anos investimentos de R$ 379,6 bilhões em nove setores industriais (petróleo e gás, extrativa mineral, siderurgia, papel e celulose, petroquímica, automóveis, eletroeletrônica, fármacos e setor sucroalcooleiro) e de R$ 197,9 bilhões em cinco setores de infra-estrutura (energia elétrica, comunicações, ferrovias, portos e saneamento).
Também incluíram o setor de software, com 2,6 bilhões. De acordo com os economistas, se forem efetivamente investidos R$ 1,050 trilhão nesses 16 setores, a taxa de investimento produtivo passará dos atuais 20% do PIB para 23,2% do PIB. Torres Filho explicou que partes desses investimentos “são muito firmes”, mas em outros há “incertezas”.