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Bola fora

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Itamar Ciríaco [email protected]
Uma turminha de agressores voltou  a aprontar no final de semana e conseguiu dar um contorno de guerra ao jogo da volta, no próximo sábado, entre Campinense x América. A partida que já era difícil em si, devido ao equilíbrio entre as duas equipes, agora piorou devido ao clima hostil que os potiguares deverão encontrar em Campina Grande, onde os torcedores da Raposa, não menos violentos que os da turminha que inventou de apedrejar o ônibus da delegação paraibana e invadir o hotel onde a delegação rubro-negra estava hospedada, certamente, vão querer dar o troco.  Faz alguns anos que não vou cobrir jogos em Campina Grande, mas numa partida bem menos importante que a que teremos neste final de semana, deu para ver que o nível de violência dos torcedores na cidade paraibana é muito alto. Na época, os simpatizantes da Raposa, que resolveram dar um trabalho extra para a PM, lançavam bombas caseiras dentro do estádio, que fazia tremer as arquibancadas do Amigão. Antes disso, uma facção organizada já havia invadido um restaurante nas proximidades da praça esportiva para espancar alguns torcedores americanos que almoçavam. Com o precedente criado no último sábado, ficará difícil até para os membros da imprensa local realizarem o seu trabalho com segurança no estado vizinho. Juro que eu só queria saber o que passa na cabeça de certos “torcedores” quando após a equipe não conseguir o resultado desejado no campo de jogo, apedreja o ônibus da delegação e vai ao hotel tirar satisfação com o clube adversário. Eles queriam o quê? Que o Campinense abrisse o jogo e desistisse do acesso em prol do América? Nada justifica essa violência gratuita, que só faz gerar mais violência e prejudicar a imagem do próprio América, do futebol potiguar, da cidade e do RN.
Repúdio
A diretoria do América foi rápida ao condenar a ação violenta de supostos torcedores do clube contra a delegação do Campinense. Em nota oficial publicada no próprio dia da ação criminosa, o Alvirrubro prestou solidariedade ao co-irmão paraibano e deixando claro que pessoas com atitudes violentas não são bem-vindas ao seio da nação Alvirrubra. No texto, a direção deixou clara que a rivalidade, por maior que seja, deve sempre ficar resumida para dentro das quatro linhas e jamais, chegar ao ponto que foi registrado em Natal. Ações desse tipo geram reprovação em toda sociedade. “Práticas como essas, além de estarem em completo desalinho às normas e valores desta instituição, construídos ao longo de uma trajetória de 106 anos, não têm espaço no futebol e nem na sociedade civil. O América Futebol Clube se solidariza com a delegação do Campinense-PB e lamenta tais ocorrências que não representam o sentimento da nossa torcida nem a hospitalidade do povo Potiguar”, disse no documento divulgado através da assessoria de imprensa.
Liga de Futebol
Com dirigentes de clubes que pensam apenas em como fazer o seu clube levar a melhor em tudo, começam a peitar a CBF atrás de fundar uma Liga de Futebol no Brasil, tirando da Confederação Brasileira de Futebol o direito de organizar e vender as competições. Agora se não há união nem na comercialização dos contratos com a TV, onde cada um prefere negociar de forma isolada para ver quem consegue mais nesse leilão, me digam como é que vai existir unidade numa possível formação de uma Liga, onde a entidade deverá brigar pelo direito de todos. Na questão da volta de público, o Flamengo, o maior clube do país, já deu bem uma ideia de como seria uma entidade controlada apenas por dirigentes. Dentro do atual contexto, a turminha lá de fora ainda tem muito, mais muito mesmo a aprender com a Liga do Nordeste, única do gênero que deu certo no Brasil, mas ainda assim com algumas defecções (caso do Sport do Recife), que não conseguiu apoio para sua insurgência e foi obrigado a reconhecer o erro cometido para retornar à entidade.
Transmissão
Santos, Palmeiras, Bahia, Ceará, Fortaleza, Juventude e Athletico-PR, que haviam assinado contrato com a Tuner, dando ao grupo internacional o direito da transmissão de suas partidas no Brasileirão, já sabem que terão de buscar outra plataforma para abrigar as transmissões de suas partidas em 2022. Desse grupo, os cearense já aceitaram a proposta da Globo, o Bahia ameaçado pelo rebaixamento está para se decidir, enquanto os paulistas resolveram discutir as propostas separadamente. O grupo Turner alegou que “com venda pulverizada para TV aberta e outras plataformas, além de outros fatores limitantes, como falta de jogos exclusivos e os blackouts, o modelo atual não é sustentável para a companhia”. O contrato com os clubes estaria vigente até 2024. A companhia afirmou que vai continuar transmitindo os jogos do campeonato deste ano, que vai até 5 de dezembro. Os canais TNT Sports e HBO Max continuarão transmitindo a Liga dos Campeões.
Transmissão 1 
A Turner vinha gastando cerca de R$ 200 milhões por ano com o contrato envolvendo os clubes da Série A. O grupo começou a ser bombardeado por discórdias quando começaram as afirmações de que a empresa havia repassado valores extras ao Palmeiras, que ganhou  R$ 100 milhões. A empresa nega que a diferença seja referente ao Brasileirão. A explicação do grupo é que também foram negociados amistosos internacionais com o clube paulista. 
Acesso 
O ABC conseguiu o que queria e a tendência é que ocorra um aumento nas buscas pela compra de título de sócio-torcedor do clube até o final dessa semana. O problema é que com a carga de ingressos liberada para venda, cerca de 6.100, vai ser difícil contemplar os retardatários da campanha lançada pelo clube atrás de obter novos sócios. Uma das alternativas para evitar a frustração daqueles que, certamente, irão ficar de fora da partida que pode marcar um novo acesso alvinegro à Série C, seria mudar o local do jogo em Natal, transferindo a segunda partida contra o Caxias, para a Arena das Dunas. Mas para a diretoria essa possibilidade está descartada. Embora a Arena disponha de espaço para o ABC levar o dobro do público, a explicação para não avaliar uma possível transferência são os custos exorbitantes para troca. Segundo o vice-presidente de marketing do ABC,  Roberto Medeiros, os gastos do clube iriam quadruplicar na Arena. 
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