São Paulo – As bolsas de valores tiveram ontem mais um dia de queda global e deixaram em segundo plano a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começará hoje e termina amanhã. No mercado de juros, as taxas dos contratos longos voltaram a subir. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o DI janeiro de 2010 foi o mais líquido e encerrou com taxa de 12,16%, de 12,15% na sessão anterior, enquanto o DI janeiro de 2009 passou de 12,09% para 12,12%. Em linha com os demais segmentos de negócios, na parte da manhã os DIs tiveram os momentos de maior stress, sob os efeitos do comportamento negativo da bolsas na Ásia e da Europa, mas a abertura em alta das bolsas em Nova York proporcionou certo alívio, e os juros desaceleraram. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa de 2,81%.
O foco do mercado totalmente voltado ao exterior acabou abafando o impacto de boas notícias, como, por exemplo, a queda nas estimativas de inflação trazidas pela pesquisa do Banco Central (BC) com o mercado. A projeção para o IPCA de 2007 recuou de 3,91% para 3,88%.Se a circunstâncias fossem outras, teria servido de argumento para a montagem de posições mais otimistas para o Copom. Segundo pesquisa feita pela Agência Estado, todas as 50 instituições financeiras consultadas esperam um corte de 0,25 ponto porcentual na Selic, para 12,75% ao ano. A unanimidade no levantamento não era verificada desde julho de 2005. O dólar fechou em alta pelo segundo dia útil seguido, contagiado pelas incertezas sobre a economia global.