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Bolsonaro afirma nunca ter cogitado volta da CPMF

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O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, usou o Twitter para se posicionar contra a CPMF, depois que o economista de sua campanha, Paulo Guedes, ter aventado a possibilidade de recriar o contribuição em substituição a outros tributos. Na rede social Bolsonaro lembrou ter votado pela revogação da CPMF e, inclusive, fixou o tuíte na sua página.

Jair Bolsonaro oscilou de 22% para 26% na pesquisa Ibope

“Votei pela revogação da CPMF na Câmara dos Deputados e nunca cogitei sua volta. Nossa equipe econômica sempre descartou qualquer aumento de impostos. Quem espalha isso é mentiroso e irresponsável. Livre mercado e menos impostos é o meu lema na economia!”, escreveu o capitão reformado, internado desde o último dia 7 no Hospital Albert Einstein em função da facada que levou na região do abdômen durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro.

Bolsonaro vem usando as redes sociais praticamente todos os dias para falar sobre o tema, desde que o assunto veio à tona, nesta semana, quando Paulo Guedes participou de um encontro promovido pela GPS Investimentos. Ao falar ao jornal O Estado de S. Paulo, um dos filhos do candidato, Flávio Bolsonaro, afirmou que a palavra final na campanha é de seu pai. “Ele é o presidente (sic), mais ninguém”, frisou Flávio, que é deputado estadual e concorre ao Senado também pelo PSL. O parlamentar disse ainda que o candidato ao Planalto “jamais iria autorizar (Guedes) a falar na imprensa de CPMF”. “A palavra final é do meu pai, sempre”, afirmou.

A reação do candidato a presidente e as afirmações de Flávio colocam em dúvida o discurso econômico do presidenciável. Até então, Bolsonaro dizia nada entender de economia e delegava o assunto a Guedes, a quem chamava de “Posto Ipiranga”, em alusão a uma campanha de publicidade. Agora, o presidenciável mostrou que vai, sim, intervir em assuntos econômicos.

O economista Paulo Guedes, cancelou, no início da manhã desta sexta-feira, 21, participação em evento na Amcham. Guedes faria uma apresentação do plano econômico do candidato.

A informação do cancelamento dessa agenda foi confirmada pela assessoria de imprensa da câmara de comércio. É o terceiro compromisso cancelado pelo economista de Bolsonaro, que também não vai participar do congresso que está sendo realizado pela XP em São Paulo, onde Guedes falaria com investidores às 14h.

Na quinta-feira, 20, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, informou que ele também não iria mais a uma reunião fechada com clientes do Credit Suisse Hedging Griffo (CSHG). O motivo alegado pelos organizadores para o cancelamento, de acordo com fontes que haviam sido convidadas para o evento, seria “problema em agenda”. Procurado pela reportagem na quinta, o CSHG não comentou.

Em meio a esse imbróglio, Guedes já cancelou a participação em três eventos.

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