terça-feira, 16 de abril, 2024
27.1 C
Natal
terça-feira, 16 de abril, 2024

Bolsonaro confirma que Braga Netto deve ser candidato a vice

- Publicidade -
O presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e hoje alocado em um cargo de confiança no Palácio do Planalto, é o nome mais cotado para assumir a vice na chapa pré-candidata à reeleição. “90% de chance de ser o Braga Netto”, declarou o presidente em entrevista ao grupo “O Liberal”, do Pará.
Presidente Jair Bolsonaro critica a aliança entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin
Braga Netto é a figura mais cotada para a vaga desde que Bolsonaro começou a sinalizar nos bastidores que gostaria de um vice militar para evitar ser alvo de um processo de impeachment em um eventual segundo mandato. Em março, o chefe do Executivo disse que seu vice seria um militar de Belo Horizonte, perfil do general.
Bolsonaro destacou, no entanto, que a decisão ainda não foi fechada. “Meu vice, atualmente, é um general de Exército. Então, pode ser que eu continue, não estou batendo o martelo aqui, pode ser que eu continue também com outro general de Exército. Isso dá credibilidade à chapa, respeitabilidade”, disse o presidente na entrevista.
Alexandre de Moraes
O chefe do Executivo aproveitou para ampliar críticas e cobranças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na entrevista, questionou o pedido de prisão decretado contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), seu aliado político que usa tornozeleira eletrônica após ataques à democracia.
“Por mais errado que esteja o Daniel Silveira – ele falou muita coisa ofensiva, ninguém duvida disso aí -, a pena não pode ser cumprir preventivamente nove anos de cadeia. Um deputado federal!”, afirmou Bolsonaro na entrevista,
O presidente também criticou a suposta inação de Moraes às falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário do governo nas eleições deste ano, por incentivar militantes a “incomodar” parlamentares. “Isso é uma interferência, é um crime. Isso é um ato antidemocrático, Alexandre de Moraes. Vai ficar quieto? Vai ficar quieto?”, perguntou o presidente.
Adversário 
O presidente a aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), que devem formar uma chapa para disputar o Palácio do Planalto em outubro. “Pelo poder, se uniram”, disse Bolsonaro em entrevista ao grupo “O Liberal”, do Pará.
Na última sexta-feira, 8, o PSB oficializou a indicação de Alckmin, recém-filiado à sigla após 33 anos de PSDB, para ser o vice de Lula nas eleições e enfrentar Bolsonaro nas urnas. Hoje, Lula é líder nas pesquisas de intenção de voto e o principal adversário do governo nas urnas. No dia da indicação, Bolsonaro compartilhou foto de Lula e Alckmin nas redes sociais e ironizou a postagem ao escrever “Kkkkkkkkk”.
“Alckmin era um ferrenho opositor de Lula por décadas”, lembrou Bolsonaro na entrevista desta segunda-feira. “Eram inimigos lá atrás e são amigos hoje, ou mentiam lá atrás ou mentem hoje”, acrescentou.
Lula e Alckmin minimizam o fato de terem se enfrentado politicamente no passado e dizem que a união se dá para defender a democracia e combater o “autoritarismo” de Bolsonaro.
Exploração 
Jair Bolsonaro afirmou, também, que o governo ainda não tem maioria no Congresso para aprovar o projeto de lei que autoriza exploração mineral em terras indígenas. “Nós pretendemos libertar os indígenas do jugo do Estado, queremos dar liberdade para eles produzirem”, disse o presidente em entrevista ao grupo “O Liberal”.
Para atender à bancada ruralista no Congresso, o governo tem insistido no projeto e usa o discurso de que a medida ajudaria o País a reduzir a dependência de fertilizantes russos, cuja importação foi estrangulada pela guerra da Rússia com a Ucrânia.
No entanto, a maior parte das reservas de potássio, matéria-prima desses insumos, não está em terras indígenas da Amazônia. Além disso, a transformação do componente químico explorado em produto agrícola é um processo lento – sem capacidade, portanto, de suprir as necessidades imediatas trazidas pela guerra.
Bolsonaro ainda mostrou confiança na aprovação do PL da regularização fundiária, hoje travado no Senado, mas evidenciou sua descrença nos trâmites da reforma administrativa. “Espero que consiga (aprovar), mas é muito difícil”, declarou o chefe do Executivo na entrevista sobre a reforma que mexe com regras do funcionalismo público.
‘Programa será mantido’, diz Guedes
O ministro Paulo Guedes disse ontem que em um eventual novo mandato do presidente Jair Bolsonaro, o programa econômico será “o mesmo, só que aprofundando”. A empresários de Maringá, ele afirmou que o governo reencaminhará o texto de reforma tributária defendido pela equipe econômica, com imposto de renda menor para pessoa física e jurídica e tributação de lucros e dividendos.
Segundo Guedes, a tributação sobre lucros e dividendos seria de 15% apenas sobre o montante que exceder R$ 400 mil por mês. “Estamos tributando só 15% aos superricos, e isso dá recursos suficientes para desonerar 32 milhões de brasileiros na pessoa física e 4 milhões de empresas que também teriam IRPJ reduzido”, disse.
Ele defendeu que apenas Brasil e Estônia não tributam lucros e dividendos e afirmou que lobbies pararam a reforma tributária no Congresso. Segundo ele, o modelo defendido pelo governo beneficia o empresário, que teria o imposto reduzido a 23%.
“Nossa reforma é relativamente simples, desonera empresas e classe média e tributa superricos quando tiram dinheiro da empresa. Se ele deixar dinheiro na empresa, o imposto vai cair. O que nos interessa – emprego, renda, inovação, aumento de produtividade -, isso acontece na empresa. Não quero tributar mais a empresa. Mas se você está consolidado e quer tirar dinheiro da empresa, paga só 15% antes de comprar avião, iate, jatinho próprio”, disse, completando: “Nossa reforma é pró-mercado”.
Segundo Guedes, a reforma tributária terá que ser feita. “Tomara que seja por nós. Qualquer outro grupo que entrar vai botar (reforma) tudo no progressivo”, disse, em evento organizado pela Associação Comercial e Empresarial (Acim) de Maringá.
João Doria quer ampliar terceira via
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, João Doria (PSDB), afirmou que defende a ampliação de forças do centro democrático para ter uma candidatura única ao Planalto, “que não será partidária, e sim coletiva”. A fala foi dada durante almoço debate com empresários organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide)
“Estou participando (dessa negociação) e este é o caminho para romper a polarização”, disse em referência à aliança formada entre dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania. As legendas confirmaram que lançarão, no dia 18 de maio, um candidato único à Presidência. Estão no páreo o próprio Doria, Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União).
“Teremos um nome para romper a bolha, a terceira via é a via da esperança”, completou o tucano, reforçando a necessidade de se lançar um nome competitivo que se mostre como alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Doria destaca agendas prioritárias e se coloca como ‘liberal-social’ Em tom de campanha, Doria aproveitou o evento para destacar suas agendas prioritárias caso seja eleito presidente da República, colocando-se como “um liberal-social”.
Na área econômica, o ex-governador defendeu a aprovação de reformas, especialmente a tributária, por meio da PEC 45, para simplificar a tributação e estimular o crescimento. “Governo que entra tem que ter coragem de fazer as reformas de imediato. Ou você faz isso quando tem força e prestígio do resultado eleitoral, ou não faz”, disse. Doria defendeu, mais uma vez, a privatização da Petrobras, dividindo-a em três ou quatro empresas.
O tucano aproveitou para elogiar a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer (MDB), que, segundo Doria, “foi uma grande conquista ao Brasil”. “Se eleito presidente da República, não faremos nenhuma alteração na reforma trabalhista Reforma que permite ao trabalhador ter a oportunidade de trabalho”, declarou Lula, em declarações à imprensa, defendeu a revogação de pontos da reforma aprovada durante a gestão Temer.
PT adia lançamento da chapa que terá Lula e Geraldo Alckmin
O Partido dos Trabalhadores decidiu adiar a data de lançamento da chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como pré-candidato à Presidência e Geraldo Alckmin (PSB) na vice. O evento, marcado para 30 de abril, deve acontecer em 7 de maio.
A mudança aconteceu devido a pedidos feitos por integrantes de PSOL e PSB. Para o mesmo dia, estão marcados a Conferência Eleitoral do PSOL e o encerramento do Congresso Nacional do PSB.
Com o adiamento, o PT espera reunir todos os aliados no mesmo palanque para dar a ideia de uma frente ampla em torno de Lula. Os detalhes do evento devem ser discutidos em reunião do diretório nacional petista na quarta-feira, 11. Neste mesmo encontro, a sigla deve aprovar a indicação de Alckmin, feita pelo PSB, para vice do ex-presidente.
Enquanto isso, Lula segue tentando arregimentar mais partidos para apoiar sua tentativa de voltar ao Palácio do Planalto. O petista está em Brasília para participar de jantar na casa do ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), em articulação para atrair o MDB para a aliança. A sigla lançou a pré-candidatura de Simone Tebet, mas líderes emedebistas, sobretudo no Nordeste, advogam pelo apoio a Lula em primeiro turno.
Tebet diz acreditar na união do ‘centro democrático’
A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou, neste domingo, 10, que se sente preparada para liderar a candidatura presidencial organizada pelo que chamou de “centro democrático”. Ela disse ter certeza que o grupo de partidos que articula lançar um nome único à corrida presidencial pela “terceira via” chegará em um consenso e argumentou que os pré-candidatos respeitarão a escolha das siglas. “Quem quer apoio tem que estar disposto a dar apoio”, comentou.
“Óbvio que todos nós nos sentimos preparados. Eu me sinto preparada para liderar essa legião que existe por trás de nós que não quer nem o atual governo nem voltar ao passado”, afirmou em sabatina da Brazil Conference, em Boston (EUA), evento apoiado pelas universidades Harvard e MIT. Realizada anualmente, a conferência tem parceria do jornal O Estado de S. Paulo, que faz a cobertura dos debates.
A sabatina com Simone Tebet foi moderada pela jornalista e colunista do jornal O Globo Vera Magalhães. Também participaram a jornalista e colunista do jornal O Estado de S. Paulo Eliane Cantanhêde, a advogada criminalista Dora Cavalcanti, a presidente do Instituto Igarapé Ilona Szabó, e o graduando de Boston College, João Ferraz.
Os dirigentes do PSDB, MDB, Cidadania e União Brasil decidiram lançar uma candidatura conjunta à presidência, cujo nome será anunciado no dia 18 de maio. Questionada pela colunista Eliane Cantanhêde sobre a disputa interna das siglas na escolha do nome, Tebet citou apenas o tucano João Doria e o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, como pré-candidatos que concorrem com ela o endosso da coligação, descartando o ex-juiz Sérgio Moro da lista.
“É claro que João Doria vai dizer que é pré-candidato até o final, o próprio deputado Luciano Bivar, mas todos nós temos um pacto a favor do Brasil. Estamos deixando nossos projetos pessoais porque o que interessa é o centro democrático estar no segundo turno”, argumentou Simone, minimizando a existência de um racha no MDB, que se divide em apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente Jair Bolsonaro nos Estados. “Me desculpe o ministro Sérgio Moro, mas hoje ele não é, por enquanto, o pré-candidato do União Brasil, que vai ter um pré-candidato que é o Luciano Bivar”, completou.
Em sabatina realizada no mesmo evento, no sábado, 9, o ex-juiz disse seguir à disposição para a candidatura presidencial.
Entre as propostas discutidas para um possível governo liderado por ela, Tebet defendeu que questões referentes à segurança pública precisam ser coordenadas pelo governo federal. Neste contexto, sugeriu a criação de um ministério da Segurança Pública separado do Ministério da Justiça.
Em meio a diversas críticas ao governo federal, a senadora aproveitou, ainda, para levantar a bandeira de uma reforma tributária que, segundo ela, poderia diminuir a desigualdade de renda no Brasil.
- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas