embaixada brasileira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores
que espera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fique “muito
tempo” preso em Curitiba. Na terça-feira, 4, o Ministério Público
Federal afirmou que Lula já pode ir para regime semiaberto no caso do
triplex do Guarujá.
Bolsonaro foi abordado para tirar fotos por brasileiros no hall do
hotel, o mais luxuoso da capital argentina, equivalente ao Copacabana
Palace, no Rio. O grupo destacou que era de Curitiba, ao que o
presidente respondeu: “espero que Lula fique lá por muito tempo”.
Apesar de alguns brasileiros terem demonstrado apoio a Bolsonaro uma
manifestação contra o presidente, convocada por 64 movimentos sociais,
estava programada para o fim da tarde desta quinta-feira, 6, diante da
Casa Rosada. Bolsonaro, porém, não deve esbarrar com os protestos, pois
não voltará ao centro da capital argentina.
Caso triplex
Condenado em terceira instância na Lava Jato, no caso do triplex do
Guarujá, Lula está preso na sede da superintendência da Polícia Federal
em Curitiba desde 7 de abril de 2018. Em dois pareceres encaminhados ao
Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Ministério Público Federal afirmou
que Lula já pode progredir para o regime semiaberto – quando o
condenado sai da prisão para trabalhar durante o dia e retorna à noite.
No entanto, Lula e entorno demonstram ceticismo com possível semiaberto.
De acordo com o Código Penal, condenados a penas menores que 8 anos
(sendo réus primários, com residência fixa) têm direito ao regime
semiaberto. Além disso, a Lei de Execução Penal prevê a progressão para
um regime menos rigoroso quando o preso tiver cumprido pelo menos um
sexto da pena e apresentar bom comportamento.
Réu no DF
Nesta quinta-feira, 6, o ex-presidente Lula e os ex-ministros Antonio
Palocci e Paulo Bernardo viraram réus em outra ação penal. O juiz
Vallisney de Oliveira da 10.ª Vara da Justiça Federal em Brasília,
aceitou nesta quarta-feira, 5, denúncia por corrupção apresentada contra
o ex-presidente, o empresário Marcelo Odebrecht e os ex-ministros
Palocci e Paulo Bernardo.