Tonhão é um bom zagueiro e com uma característica que julgo importante para a posição, que é a velocidade na hora de sair. O afastamento dele do ABC não foi bem explicado. O máximo que disseram é que o jogador não estava mais com a “cabeça no ABC”. Fato é que Tonhão foi por empréstimo para o Grêmio, podendo o clube gaúcho exercer o direito de compra pelo valor de 1 milhão e meio de reais.
Olhando para o futuro
A carreira de um jogador é muito curta e com a presença cada vez mais forte dos empresários é preciso aproveitar as oportunidades. Tonhão viu as saídas de Matheus e Fessim para o Corinthians e sabia do interesse do Grêmio. Em casos assim é muito complicado para o complicado para o clube segurar um jogador assim. É oportunidade de negócio e satisfação para os dois lados. É assim que é.
Já rodou
Tonhão já teve uma passagem Cruzeiro, de onde foi devolvido ao final do empréstimo e naquela ocasião, o clube potiguar fez uma parceria com o procurador e empresário do jogador, Gilberto Pires, repassando para ele 30% dos direitos econômicos de Tonhão. Para o Cruzeiro o jogador ficou durante três anos por empréstimo não remunerado.
Matemática diz que sim
O ABC se sustenta pela força da matemática na busca de uma vaga para a segunda fase do Brasileiro, mesmo sabendo que o futebol não é regido apenas por ela. E é ai que a coisa pega para o time de Ranielle Ribeiro, que precisa vencer os dois próximos jogos e torcer por tropeços de Botafogo e Santa Cruz. Matematicamente dá? Dá, mas e no aspecto técnico, em nível de postura, comprometimento, em nível de qualidade mesmo, dá? O ABC vai precisar muito mais que uma calculadora para chegar na segunda fase.
Que recuperação
Tem que destacar a recuperação do Ferroviário, que subiu para a Série C e que é o virtual campeão da Quarta Divisão. No confronto de amanhã contra o Treze em Campina Grande o time de Marcelo Villar tem uma boa vantagem, já que venceu o primeiro confronto por 3 a 0. Não faz muito tempo que o Ferroviário viveu o fundo do poço rebaixado para a Segunda Divisão do Cearense, no mais absoluto ostracismo.
Má gestão
O Ferroviário do Ceará é um dos tantos de exemplos de clubes tradicionais que são engolidos por erros e gestões temerárias neste futebol brasileiro. Como no futebol potiguar são vários os exemplos, o mais claro de todos, o do Alecrim que está se articulando para disputar a Segunda Divisão do Estadual. Se quiser outro exemplo, o Baraúnas que caiu neste ano e que sequer tem condições legais para disputar a Segunda do Estadual. São apenas três exemplos, mas o futebol brasileiro está cheio deles, e a culpa não é de estrutura, calendário, federação, confederação, dos 7 a 1 da Alemanha ou coisa que o valha. A culpa é da má gestão e da incompetência. Via de regra o mau gestor no futebol é bem sucedido na vida privada e profissional. Não faz nos seus negócios as lambanças que faz nos clubes.
Primeiro passo
Julgo importante ação da FNF que está transmitindo jogos do Campeonato Potiguar Sub-19 Loterias Caixa através da plataforma digital via streaming Mycujoo tv. As transmissões tem uma ótima qualidade de imagem e servem como uma vitrine importante para jogadores e para os clubes participantes do certame. É uma forma de atrair investidores e negócios para as divisões de base. Presidente José Vanildo acertou quando negociou e assinou o contrato com a Mycujoo.
VAR
Funcionou perfeitamente na Copa do Mundo e mostrou se um equipamento indispensável para o futebol – e olha que eu tinha minhas dúvidas sobre a eficácia – levando justiça para o futebol, ainda que a palavra final continue sendo do árbitro central. O ideal seria que a tecnologia pudesse ser aplicada de forma igualitária em todas as competições, o que não é possível em razão do custo, algo em torno de 50 mil reais por partida, o que torna inviável, por exemplo nas Séries C e D e nos Estaduais de um modo geral. O VAR é um inibidor de eventuais vontades e preferências de um ou outro árbitro, que mesmo tendo a palavra final sobre determinado lance, sabe que a tecnologia vai mostrar tudo.
