O elenco do Botafogo desembarcou indignado no Rio de Janeiro (RJ) ontem após o empate por 1 a 1 com o Figueirense no domingo, em Florianópolis (SC), numa partida marcada pela polêmica arbitragem de Elvecio Zequetto, que deixou de marcar um pênalti claro em cima do atacante Jorge Henrique, validou um gol em impedimento do time catarinense e mostrou oito cartões amarelos para jogadores cariocas. Os jogadores não conseguiam esconder a revolta, mas evitaram dar declarações temendo represália do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
“Estamos conscientes de que estamos sendo muito prejudicados pela arbitragem, mas não cabe a nós jogadores comentarmos esse tipo de assunto para evitarmos punição. Estamos fazendo um bom trabalho e prejudicados. Isso já está ficando chato”, disse o goleiro Marcos Leandro.
Sempre calmo em relação aos árbitros, o atacante Dodô fugiu de suas características e também abriu fogo contra o trio de arbitragem. “Mais uma vez buscamos um resultado, conseguimos ficar em vantagem e deixamos o gramado sem os três pontos por causa dos erros de arbitragem. Isso é lamentável”, disse Dodô.
O representante do Botafogo na CBF, Ricardo Rotemberg, estava mais calmo no desembarque do que no vestiário do Orlado Scarpelli, quando chegou a sugerir que a entidade máxima do futebol “entregasse logo a taça ao São Paulo”. Apesar de mais tranqüilo ele seguiu a mesma linha em suas reclamações.
A torcida do Botafogo, por intermédio de sites de relacionamento, agendou para a tarde de hoje uma manifestação pacífica na porta da CBF.
