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BR-101 será sinalizada com radar

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FISCALIZAÇÃO - BR-101 vai ganhar dois radares, sendo um móvelOs números obtidos em quatro meses de pesquisa são o principal motivo da instalação dos  radares eletrônicos na BR-101, entre o km 94 (no complexo do IV Centenário) e o km 100 (na entrada do conjunto Cidade Satélite). Durante o estudo, foi registrada uma média de 4000 casos de excesso de velocidade por mês,  no trecho próximo à passarela de Potilândia, com um caso de notificação em que o veículo alcançou 160km/h.

De acordo com o inspetor Roberto Cabral, assessor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal no RN, 35% de todos os acidentes em rodovias federais no estado, ocorrem num trecho de 16km, entre as entradas de Natal e Parnamirim. Os números impressionam também pelo contra-senso da questão, já que aquele trecho da BR-101 é de mão-dupla, bem sinalizado e tem ótimo estado de conservação. “Tudo isso nos leva a ver que a causa de tantos acidentes é o excesso de velocidade”, concluiu Cabral.

Serão dois radares instalados no trecho problemático. Um fixo, cujo local ainda não foi definido e um móvel, que é transportável para qualquer lugar e instalado sobre um tripé, para as medições. Os policiais rodoviários que vão operar tais equipamentos estão fazendo cursos em Fortaleza e os radares devem estar em operação na primeira semana de dezembro. As placas já foram instaladas pelo DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte), indicando as velocidades máximas para carros pequenos e de grande porte – 80km/h e 60km/h, respectivamente.

“O principal objetivo é mesmo reduzir o número de acidentes. Temos visto graves ocorrências quase que diariamente. E esperamos que esta providência deva baixar os índices”, disse o inspetor. De fato, as multas aplicadas em caso de descumprimento dos limites pesarão nos bolsos dos motoristas e devem forçá-los a seguir a lei. Se o condutor for flagrado excedendo a velocidade em até 20%, a infração será considerada média, a multa aplicada será de aproximadamente R$ 85,00, além de 4 pontos na carteira. Se exceder de 20% a 50%, a infração é grave, e a multa é de R$ 127,00, mais 5 pontos na carteira. E se o motorista correr mais de 50% do permitido, estará cometendo uma infração gravíssima, tendo que desembolsar R$ 574,00, além de ser punido com 7 pontos na carteira.

Equipamentos ajudam a reduzir os acidentes

Não é só a Polícia Rodoviária Federal que usa em Natal o artifício de medição eletrônica de velocidade para coibir o abuso dos motoristas. Os órgãos que cuidam das rodovias estaduais e ruas que formam a malha viária têm se valido cada vez mais de lombadas eletrônicas e radares. A medida vem funcionando e diminuindo os números dos acidentes, assim como a gravidade das ocorrências. Se campanhas publicitárias para educação no trânsito têm efeito a longo prazo, as multas aplicadas a partir de fotografias das placas têm resposta imediata.

O Detran conta atualmente com quatro lombadas eletrônicas na avenida João Medeiros Filho, conhecida como Estrada da Redinha, quatro radares na avenida Dinarte Mariz, a Via Costeira  e mais duas lombadas e quatro radares na avenida Eng. Roberto Freire, Estrada de Ponta Negra.  Isso, levando em consideração que são instalados dois equipamentos em cada ponto, um em cada mão da avenida.

De acordo com o subcoordenador de engenharia do Detran, Carlos Augusto de Oliveira Brito Júnior, os resultados são percebidos e a redução, registrada pelo departamento de estatística do órgão. Uma estimativa dele, mostra que os acidentes na Roberto Freire diminuíram em cerca de 40% e 50%. “Quem passa por ali percebe que raramente excede a velocidade. O fluxo se dá sempre daquela forma padrão”. Carlos Augusto conta que no início da implantação, alguns motoristas teimam em correr, mas pouco a pouco, o hábito é criado.

Por enquanto, o Detran não tem projeto para a instalação de novos equipamentos em Natal, mas segundo Carlos Augusto, essa avaliação é pontual, as conclusões podem variar de um tempo para outro. Uma via estadual que corta Natal já está merecendo a atenção do órgão e pode vir a ser a próxima monitorada pelos radares. “Eu vejo que o prolongamento da Prudente de Morais está ficando um trecho perigoso”.

A STTU usa 16 equipamentos similares na capital.  São quatro redutores de velocidade,  conhecidos como bandeira, dois radares e nove lombadas eletrônicas. Segundo o chefe do setor, vale a pena manter o sistema, já que o número de acidentes tem caído bruscamente, apesar do custo mensal dos equipamentos – uma empresa é contratada por licitação para instalar e fazer a manutenção. “Os motoristas têm obedecido porque todos sabem que a sanção pecuniária pesa bastante”. 

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