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BR-304 registrou 120 mortes em quatro anos e meio

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A BR-304 registrou 120 mortes em quatro anos e meio, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) obtidos pela TRIBUNA DO NORTE. Ao todo, entre 2018 e o primeiro semestre de 2022, foram 396 acidentes graves, quando deixam feridos ou óbitos.
Um dos casos recentes foi um acidente entre dois carros e dois caminhões no começo de julho deste ano, quando uma pessoa e outras cinco ficaram feridas na altura do município de Itajá, no km 118 da estrada, por volta das 13h20. Com o impacto da batida, um carro e um caminhão foram jogados para o canteiro – o caminhão chegou a sair da pista. 
Os constantes acidentes e uma situação pessoal fizeram com que o potiguar Clélio Soares, 36 anos, farmacêutico, que mora em Mossoró, virasse um dos principais ativistas no Estado pela duplicação da BR-304. Em 14 de maio de 2020, Clélio perdeu seu filho, Gabriel, à época com 6 anos, vítima de um acidente na rodovia no retorno de uma viagem de Natal para Angicos com uma ultrapassagem proibida por parte do outro condutor. Desde então, publica informações no perfil “Luto na 304”, no Instagram, ao lado da esposa, Anielly, cobrando pela melhoria na rodovia para que outras pessoas não passem pelo que ele passou.
“São tantos fatores que parece ilógico que em 2022 não termos essa BR duplicada. Tem as vidas perdidas, a economia, a segurança”, cita.
Clélio lembra ainda que chegou a entregar um documento ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL),  sobre a importância da duplicação e assinaturas de vários potiguares. Atualmente, faz palestras a respeito de segurança no trânsito, e conscientização por melhorias nas estradas do Rio Grande do Norte. 
“Tem uma briga de direita e esquerda acerca dessa obra faraônica, que envolve variáveis. É fato que há anos esses políticos estão no poder e essa BR não saiu do papel. Então agora que estão brigando. Tem um valor político, mas tem essa contrapartida que o Governo Federal está se comprometendo a fazer com base nessa concessão da BR-101. É muito ruim a gente ficar vendido no meio dessas circunstâncias”, cita. “A minha discussão é fazer com que esquerda e direita conversem para que essa obra saia  e a gente trate isso como algo de estado e não como algo partidário”, completa.
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