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Brasil contesta dados sobre IDH

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Brasília (ABr) – O governo brasileiro contestou ontem os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em que o país aparece como 79º no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013 e informou que os dados usados pelo órgão das Nações Unidas (ONU) estão desatualizados. Para compor o índice, foram usadas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009 e 2010 e de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2012.
Representantes do PNUD no Brasil, Andrea Bolzon e Jorge Chediek apresentam relatório e destacam avanços na área social
De acordo com um cálculo feito pelo governo, se fossem usadas as informações disponíveis atualizadas – Pnad de 2012 e 2013 e indicadores da OCDE de 2013 -, o Brasil ficaria em 67º lugar no ranking de 187 países. Segundo relatório do Pnud, o Brasil ficou com IDH 0,744, o que classifica o país como de alto desenvolvimento humano por registrar nota acima de 0,7. O índice varia de 0 a 1, que é o grau máximo.

#SAIBAMAIS#Ainda assim, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, considera que o índice divulgado pelo Pnud não reflete os avanços dos últimos quatro anos. De acordo com ela, essa avaliação desatualizada tem ocorrido nos últimos três anos e fez com que o Brasil entrasse em contato com o órgão, na tentativa de evitar que isso se repita. “Continuaremos discutindo [com o Pnud] para que sejamos avaliados por dados que reflitam os resultados das políticas públicas no Brasil”, disse Tereza. Segundo a ministra, o IDH de outros países foi calculado de acordo com dados estatísticos mais atualizados, o que deveria ter sido feito também com o Brasil.

Conforme o cálculo apresentado pelo governo, em dois dos três critérios usados pelo Pnud para medir o IDH há diferenças estatísticas. Em relação à esperança de vida ao nascer, o dado usado pelo órgão da ONU foi 73,4 anos. O mais atual seria 74,8 anos.

Em relação à expectativa de anos de estudos e à média de anos de estudo da população adulta, foram considerados 15,2 anos e 7,2 anos, respectivamente. As informações atualizadas seriam 16,3 anos e 7,6 anos, respectivamente. Em relação à renda nacional bruta per capita, foram mantidos os US$ 14.275.

A ministra Tereza Campello avaliou ainda que o IDH mede a redução da desigualdade, mas não é capaz de captar detalhes do processo. “Sabe-se que a renda de todos cresceu, mas a renda que mais cresceu foi a dos mais pobres. Outro ponto é o combate à pobreza extrema, que não é medida só por meio de renda, mas por medidas multidimensionais”, explicou.

Para o ministro da Educação, Henrique Paim, a condicionalidade de frequência escolar imposta pelo Bolsa Família e as políticas de ação afirmativa foram os principais responsáveis pelos avanços verificados na educação. “O que ocorreu foi uma grande evolução nesse processo. O posicionamento em relação ao Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e à América do Sul é avançado. O processo de inclusão é reconhecido nesse relatório e a combinação de políticas é o segredo para que possamos avançar”, disse Paim.

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o ganho de 11,2 anos em relação à expectativa de vida do brasileiro entre 1980 e 2013 é extremamente favorável. Outros pontos considerados positivos por ele foram a redução da mortalidade infantil, a redução nos casos de mortes por doenças crônicas não transmissíveis e o declínio de mortes em acidentes de trânsito. “Foi um resultado positivo em relação à evolução do indicador. Essa expectativa de vida não é acaso, mas uma combinação de elementos extremamente importantes”, informou Chioro.

IDH 2014
Ranking mundial

01    Noruega
02    Austrália
03     Suíça
04     Holanda
05     Estados Unidos
06     Alemanha
07     Nova Zelândia
08     Canadá
09     Cingapura
10     Dinamarca

11     Irlanda
12     Suécia
13     Islândia
14     Reino Unido
15     Hong Kong
16     Coreia do Sul
17     Japão
18     Liechtenstein
19     Israel
20     França

27     Espanha
41     Chile
44     Cuba
49     Argentina
50     Uruguai
61     Venezuela
71     México
79     Brasil
91     China
187     Niger

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