Paralímpicos lançaram uniformes próprios no desfile oficial
Em razão do calendário de jogos e provas, o time masculino de vôlei sentado, o rúgbi em cadeira de rodas e o badminton não enviaram representantes ao desfile.
Dos atletas que vão representar e os que já representaram o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos, cada um com uma trajetória particular de superação. Elas vão desde uma semente de mamona atingida no olho, a piscina com muito cloro, a mordida de um gato, a brincadeira com a arma do pai, a enfermeira descuidada, um dia comum em que num piscar de olhos tudo se transforma.
Há também o outro lado, de a vida ser mais forte em meio a uma tragédia quase fatal, como sobreviver após levar choque de 13 900 volts, aguentar duas placas de mármore de mais de 700kg cair sobre a cabeça, capotar com o exército durante uma guerra na Guiana Francesa e uma criança sobreviver após perder o braço na máquina de moer capim.
Antônio Tenório, de 49 anos (judô – até 100kg) – Aos 13 anos, ele brincava com os amigos de estilingue, quando foi atingido por uma semente de mamona no olho esquerdo e perdeu a visão. Seis anos depois teve descolamento de retina no olho direito e ficou totalmente cego. “Pratico judô desde os sete anos de idade por indicação do meu pai. Quando tive o segundo problema, o descolamento, fiquei um ano e meio parado. Voltei depois que o médico confirmou que não tinha mais solução”, disse. Tenório é uma das referências na delegação brasileira no Parapan de Lima.