Cristiane é uma das jogadoras mais experientes do grupo e vive um bom momento no Mundial
#SAIBAMAIS#Entre as consagradas, Cristiane pode ser considerada uma jogadora decisiva. Ela ultrapassou Sissi e tornou-se a segunda maior goleadora da Seleção Brasileira Feminina em Copas do Mundo. A camisa 11 chegou aos dez gols marcados em Mundiais e está atrás apenas de Marta, em termos de Seleção Brasileira.
Cristiane já viveu a experiência de estar perto da taça e isto a marcou profundamente. Ela relembra que passou ao lado do troféu da Copa do Mundo, analisando todos os seus detalhes com afinco. Foi uma cena que ficou para sempre na memória. Mesmo que ele não pare nas suas mãos, o troféu é o símbolo máximo de toda uma trajetória de sucesso. A cena reverbera nas lembranças de Cristiane terceira melhor jogadora do Mundial de 2007.
Maior artilheira da Seleção em Olimpíadas, entre homens e mulheres, a jogadora relembra o momento em que esteve ao lado da taça antes de entrar no gramado da final contra a Alemanha. Para Cristiane, a proximidade da maior glória do futebol já era um triunfo por si só.
“Ao passar ali do lado da taça, você percebe o quanto foi importante toda nossa trajetória, já que tinha sido uma campanha de muita dificuldade. E sem tantos privilégios quantos as meninas tem hoje. É um orgulho que eu tenho ter conseguido chegar a uma final de Copa do Mundo. Nós éramos a seleção com menos expectativa criada por todo mundo, até por outros países, já que em 2003 não tínhamos feito um bom desempenho. Acho que essa final teve um gosto especial, era a primeira vez para todo mundo, o país todo acompanhando. Mesmo com a derrota, é uma memória coletiva que eu guardo para mim”, analisou a atacante.
Mesmo em meio aos nervos da decisão, Cristiane lembra que o ambiente nos vestiários era o mesmo do restante do Mundial: repleto de música. O samba era frequente nas concentrações da Seleção, que tinha na atacante a DJ da equipe – a artilheira faz da música um hobby no tempo livre.
“Hoje as pessoas falam que é loucura, que é falta de respeito. Mas a gente sempre chegava com um samba! A gente chegava no estádio tocando samba dentro do vestiário, também. Nossa concentração era basicamente essa, a gente estava sempre feliz, alegre. No túnel para entrar em campo era muito doido, porque a gente ainda mantinha essa alegria. Você não via todo mundo sério, olhando para frente cara de brava, não! Estávamos descontraídas! Era uma sensação muito boa que tínhamos umas com as outras”, completou Cristiane.