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Brasil precisa jogar como “formiga”

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A formiga é um dos seres vivos mais fortes da natureza. Conhecida por trabalhar duro e em comunidade. A camisa 8 da Seleção Brasileira não recebeu esse apelido à toa. Seu futebol gigante e solidário presta serviços ao futebol nacional há sete copas. Na próxima terça-feira, quando entrar em campo diante da Itália, às 16h, pela Copa do Mundo da França, Formiga mais uma vez será essencial ao lado da “rainha” Marta. A equipe comandada por Vadão precisa vencer para avançar de fase.

Com um preparo físico invejável e muita experiência, Formiga conversa sempre com as companheiras de equipe nos treinamentos


Com um preparo físico invejável e muita experiência, Formiga conversa
sempre com as companheiras de equipe nos treinamentos

Com 41 anos de idade, Formiga teve sua primeira participação na edição de 1995. Esse ano sonha em se despedir com uma bela conquista. Mas para isso sabe que terá que lutar muito com as companheiras para bater as italianas, que venceram a Jamaica por 5 a 0. “É inacreditável. Com 16 anos eu estava disputando a minha primeira Copa, era bem juvenil. Inclusive, vi uma imagem e pensei “meu Deus, não mudou quase nada a fisionomia”. Hoje tenho uma experiência enorme, mas acho que futebol e corpo não mudaram tanta coisa assim. Para mim, parece que foi ontem. As coisas passam muito, muito rápido”, disse.

A Copa do Mundo Feminina 2019 tem 24 equipes na briga pelo título, com 23 atletas convocadas cada. Faça as contas e você verá que, no total, são 552 jogadoras aptas a mostrar seu futebol nos gramados da França. Mas há um fato curioso: de todas as futebolistas inscritas até o momento, 150 sequer tinham nascido em 1995 – ano em que Formiga já estava jogando um Mundial.

Quando perguntada sobre sua lembrança favorita de todos os Mundiais, Formiga teve certa dificuldade para citar momentos marcantes – com sete edições na bagagem, quem não teria? Mas a camisa 8 da Seleção carrega consigo, com muito carinho, a grande estreia nos gramados, além da disputa do bronze na Copa do Mundo de 1999. “Meu primeiro jogo, claro, aos 16 anos. E lembro do jogo contra a Noruega (1999), quando bati o último pênalti e ficamos em terceiro. Fiquei feliz por ser a última e tão nova. Todo mundo bateu, foi para sexta cobrança e sobrou para mim. Na cara e na coragem, falei “ah, vou”, né? (risos). Fui feliz e consegui fazer o gol”, relembra Formiga.

A meia também cita a medalha de prata na Copa do Mundo de 2007 como um momento divisor de águas para o futebol feminino no país. Eliminado nas quartas de final em 2003, o elenco da Seleção Brasileira era alvo de críticas constantes antes do vice-campeonato diante da Alemanha. “Acho que também quando fomos vice no Mundial. Vindo dessa luta toda de futebol feminino, a gente sofreu bastante. A gente sempre sofre, mas realmente ninguém acreditava naquele elenco. Fomos lá e mudamos a história de uma certa forma. Ali, com certeza, muitas coisas começaram a melhorar no futebol feminino”, completou.

Existem truques e truques para manter a forma física em dia, mas o maior deles não é nenhum segredo: perseverança. Na opinião de Formiga, jamais ter perdido o amor pelo futebol – e toda a rotina de treinos atrelada a ele – foi um dos principais fatores para sua presença em sete edições de Copa do Mundo. “O segredo é água de coco, todo mundo já sabe. Um litro e meio de água de coco por dia está bom, a pele fica bonita (risos). É brincadeira! Não só o amor (é o segredo), por mais que eu ame o que eu faço. Mas quando o atleta perde a vontade de levantar cedo e ir treinar, é melhor largar. Porque é essa chama que me motiva, esse querer de ajudar a modalidade. E essa chama ainda está bem acesa dentro de mim, o meu maior segredo é esse”, brincou Formiga.

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