A “indústria” produziu 257,2 mil automóveis de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus em fevereiro, acumulando no bimestre um crescimento de 5,3% (455,3 mil unidades no bimestre, segundo os dados da entidade.
O desempenho ocorreu apesar de fevereiro ser um mês mais curto que janeiro e da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP) estar parada desde que a montadora norte-americana anunciou, em 19 de fevereiro, que até dezembro vai fechar a unidade ali instalada.
Na comparação com fevereiro de 2018, a indústria teve uma produção 20,5% maior no mês passado.
Comercialização
No que concerne às vendas, elas recuaram 0,6% na comparação mensal, mas subiram 26,6% na relação anual, para 198.600 unidades. Nos dois primeiros meses do ano, elas somaram 398.400 unidades, alta de 17,8% sobre o ano de 2018.
Exportações
Em fevereiro, as vendas de carros ao exterior recuaram quase 39% na comparação anual, segundo os dados da Anfavea. Em valores, as exportações somaram US$ 712.000.000 no mês passado, apontando uma queda de 40,8% quando cotejadas com o mesmo mês de 2018 e alta de 23,1% sobre janeiro deste exercício. No acumulado do presente exercício, são US$ 1,58 bilhão em exportações (baixa de 36% em comparação com o primeiro bimestre do ano passado.
Nosso sentimento
Conforme constatamos, bom sinal para as vendas da indústria automotiva brasileira em fevereiro. Melhor termômetro é a média de vendas diárias: 9.932 unidades de veículos leves e pesados ou quase 10% superior a janeiro. Esse indicador tende a neutralizar os efeitos sazonais de cada mês ou época do ano. Mas é preciso esse patamar subir para além de 11.000/dia nos próximos meses, a fim de garantir um ótimo 2019.
No que diz respeito às exportações, elas continuam em queda livre. Brasil e México precisam resolver impasse de renovação do acordo bilateral ainda este mês. Os mexicanos querem livre comércio, sem alterar seu índice de conteúdo local (70% das peças são americanas). O Brasil discorda, pois não tem como concorrer com escala de produção de peças dos Estados Unidos.
Vamos torcer para que esse impasse seja removido e passemos a “voar em céu de brigadeiro”.