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Brasil recupera posições em ranking de competitividade mundial

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RANKING - O setor privado brasileiro conquistou a 29ª posição como mais competitivo do mundo

Genebra – Resistindo à turbulência que tomou conta do mercado internacional  recentemente, o Brasil reverteu uma tendência de queda, verificada nos três  últimos anos, e recuperou posições nos rankings de competitividade.  De acordo com o Anuário de Competitividade Mundial (WCY, na sigla em inglês)  de 2008, produzido pelo Instituto IMD com o apoio da Fundação Dom Cabral, o  Brasil subiu seis posições e alcançou a 43ª posição no ranking dos países mais  competitivos do planeta. A lista conta com 55 nações.

O anuário é uma ferramenta que mede a capacidade que um país tem de oferecer  às empresas um ambiente saudável de concorrência e crescimento. Para a elaboração  do ranking, são levados em conta 323 indicadores. Metade deles são estatísticos  e dizem respeito a índices como crescimento da economia, controle inflacionário  e nível de emprego. Os outros 50% são qualitativos, calculados com base em entrevistas  realizadas com empresários de cada país. A ascensão brasileira é destacada pelo IMD, considerado a melhor escola de administração  do mundo. Segundo o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, isso se  deve sobretudo a fatores conjunturais, já que o Brasil conseguiu melhorar tanto  em seus indicadores como na avaliação do empresariado.

Internamente, o País  alcançou a estabilidade econômica, conquistando a confiança e despertando o  otimismo dos empresários. Na relação com o mercado internacional, soube tirar  proveito de alguns fatores que lhe favoreciam, como a desvalorização do dólar,  para importar mais e investir em sua capacidade produtiva, por exemplo. Entre os fatores positivos, Stephane Garelli, professor do IMD e responsável  pelo estudo, aponta a redução do déficit público e a volta dos investimentos.  O IMD ainda destaca a emergência do mercado doméstico nacional. “Isso fará com  que o Brasil passe a não depender inteiramente de suas exportações para se desenvolver”,  diz. Mas, segundo o instituto, a resistência da economia brasileira à turbulência  internacional tem sido a verdadeira “ prova de fogo” para o País. 

No ranking das economias que mais resistem à turbulência, o Brasil ocupa a 9ª  posição. “A resistência está sendo a prova de que a economia está sólida e de  que há uma confiança dentro do País na superação das dificuldades”, afirma Garelli. Tudo isso faz com que o setor privado brasileiro seja hoje o 29º mais competitivo  do mundo, à frente de nações como França, Espanha e China. “O Brasil tem bons  administradores e está aberto ao mundo. Isso faz com que o setor privado esteja  mais acostumado a confrontar pressões internacionais e se adequar às novas situações”,  explica o especialista.

Reformas 

 Os pontos mal avaliados se referem aos fatores chamados estruturais.  São questões relacionadas a infra-estrutura, eficiência do governo e investimentos  em áreas como saúde e educação. Para se ter uma idéia, o Brasil ocupa o penúltimo  lugar em “qualidade do transporte aéreo” e a 50ª posição no item “educação superior”,  medido pelo porcentual da população que atingiu este grau de formação.

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