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Brasil registra 610 mortes em 24h

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O Brasil registrou 610 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde ontem. Com isso, o total oficial de vítimas da doença no País subiu de 8.536 para 9.146. O número oficial de casos confirmados da covid-19 passou de 125 218 para 135.106, sendo 9.888 novos casos registrados entre ontem e hoje. Considerando essa atualização, o País ultrapassou a Turquia em número de casos, que, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins, contabilizava até as 19h20 de ontem 133.721 casos confirmados da doença, na posição de 8º país do mundo com mais casos confirmados.
São Paulo segue como o Estado mais afetado pela doença, com 39 928 casos confirmados e 3.206 óbitos. Em seguida, vêm Rio de Janeiro (14.156 casos, 1.394 óbitos), Ceará (13.888 casos, 903 óbitos), Pernambuco (10.824 casos, 845 mortes) e Amazonas (10 099 casos, 806 óbitos).
Autoridades sanitárias, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), alertam que as medidas de isolamento social são a melhor forma de evitar a propagação rápida da covid-19 e o colapso do sistema hospitalar. No Brasil, o Ministério da Saúde prevê que o pico da doença deve ser atingido entre maio e julho e, enquanto o número de mortos pela doença no País vem numa crescente, o presidente Jair Bolsonaro tem adotado um discurso de flexibilização das medidas restritivas.
São Paulo
A tentativa de aumentar a taxa de isolamento social e restringir a circulação de pessoas em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou ontem um novo esquema de rodízio de veículos na cidade. A medida começa a vigorar na segunda-feira e vai valer para toda a capital, e não mais no centro expandido, o dia todo, incluindo fins de semana. Nos dias pares, circulam placas de final par (0,2,4,6 e 8). E nos dias ímpares, as placas de final ímpar (1,3,5,7 e 9).
“Questões extremas exigem medidas extremas, com isso anuncio o retorno do rodízio de forma ainda mais restritiva. Não dá pra deixar de tomar medidas como essa, com taxas de ocupação de leitos de UTI com mais de 90% na rede municipal”, disse Covas.
Com o rodízio mais amplo, haverá reforço na frota de ônibus na cidade, com mais mil veículos e outros 600 de reserva, caso sejam necessários. “Essa é uma medida necessária para evitar o lockdown (bloqueio total) na cidade de São Paulo”, disse o prefeito. 
“A liberação do rodízio estava servindo como estimulante para as pessoas saírem de casa. Há pessoas que ainda não entenderam a importância de ficar em casa e voltamos com o rodízio para tentar ter um isolamento de pelo menos 60% na cidade”, afirmou o prefeito. 
“Além de restringir a circulação, vamos ter um ganho ambiental e de saúde, com redução de poluição, o que afeta também doenças respiratórias.”
Permanecem excluídos do rodízio carros da polícia, do Exército, prestadores de serviço de rede elétrica e de gás, e também veículos da área da saúde. Os profissionais de saúde devem fazer um cadastro na Prefeitura para ficarem fora da medida de restrição de circulação.
O cadastro terá de ser feito em até dez dias, por meio de envio de dados como CPF, nome, estabelecimento em que trabalha o profissional e a placa do veículo. As multas que forem aplicadas nos próximos dez dias a esses profissionais serão descartadas posteriormente. Os profissionais devem enviar e-mail para o endereço eletrônico: [email protected]
“A obrigatoriedade de cumprir com o rodízio continua para os demais que não essas categorias”, afirmou o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram. Os veículos de pessoas com deficiência, condutoras ou não-condutoras, que já têm autorização da Prefeitura e estão isentos do rodízio de carros na cidade de São Paulo, continuam liberados para circulação em qualquer dia.
O prefeito Bruno Covas também anunciou o retorno da restrição à circulação de caminhões em São Paulo, exceto os das áreas de abastecimento e saúde.
Segundo o secretário de Saúde, Edson Aparecido, a capital tem 93 312 casos suspeitos e outros 23.807 casos confirmados de covid. Sobre os óbitos, são 4.300 entre suspeitos e confirmados (1.9218 confirmados + 2.372 suspeitos). 
Rio de Janeiro
O ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou que visitará o Rio de Janeiro na sexta-feira, 8, onde fará reunião com o governador Wilson Witzel (PSC) para tratar da crise causada pelo avanço da covid-19. O Estado registrou 13.295 casos e 1.205 óbitos pela doença até quarta-feira, 6. O Rio de Janeiro tem seis hospitais federais.
Teich participou ontem de reunião de comissão da Câmara dos deputados que trata sobre a pandemia da covid-19.
Além de anunciar visita ao Rio, o ministro afirmou que o governo busca um programa de triagem “mais preciso”, para detectar em ambulatórios pessoas infectadas pela doença e evitar superlotação em hospitais.
“Vamos avaliar temperatura e saturação do oxigênio. Para encontrar precocemente, no laboratório, no ambiente externo ao hospital” os casos da covid, disse Teich.
O governador Witzel e Bolsonaro são adversários políticos e trocam farpas em público com frequência. Eles também divergem sobre a estratégia de resposta ao vírus.
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