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Brasil tem 407 mortes por covid-19

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BRASÍLIA (AE) – O Brasil registrou ontem um novo recorde no número de mortes por covid-19. Os números consolidados pelo Ministério da Saúde apontam que 407 pessoas morreram da doença no intervalo entre os dois registros mais recentes. O maior número de mortes registradas em todo o País em um único período de contabilização era 217 óbitos.
O número de casos de contaminações em 24 horas também atingiu o seu pico, chegando a 3.735 confirmações de covid-19. O maior volume registrado em apenas um dia até agora tinha sido de 3.257 contaminações. São Paulo, que segue como o maio alvo de contaminações e mortes pela covid-19 no País, atingiu 16.740 casos confirmados e 1.345 mortos ontem. Rio de Janeiro tem o segundo quadro mais crítico, com 6.172 casos e 530 óbitos ao todo. No Ceará, foram registrados 4.598 casos e 266 mortes, seguido por Pernambuco (3.519 casos e 312 mortes) e Amazonas (2.888 contaminações e 234 óbitos).
#SAIBAMAIS#É importante ressaltar ainda que esses números não incluem as subnotificações, ou seja, pessoas que morreram nos últimos dias com os mesmos sintomas causados pelo novo coronavírus, mas que não tiveram a causa da morte investigada ou concluída até o momento.
Há uma tendência de que novos recordes ocorram nos próximos dias, dado o aumento do número de testes de contaminação realizados pelos órgãos de saúde, além do próprio avanço da doença, que tem se alastrado rapidamente.
Com os dados de ontem, o Brasil soma 3.313 mortos e 49.492 casos oficialmente confirmados da doença. A curva no crescimento de óbitos e de novos pacientes acompanha uma tendência já verificada pelo Ministério da Saúde, que hoje aponta os meses de maio e junho como o pico da doença em boa parte dos Estados do País.
Ao comentar o crescimento de casos, o ministro Nelson Teich disse que ainda não é possível interpretar se os dados mostram avanço da doença ou de diagnósticos médicos. “A gente não sabe se isso aí representa um esforço de fechar diagnóstico ou linha de tendência de aumento. Todo dia a gente avalia e, a partir dos dados novos, avalia as próximas ações”, comentou.
Sem dar detalhes, Teich disse que “o foco agora é a gente ter ações”. “Estamos focados em fazer com que isso aconteça da forma mais rápido possível”, afirmou, sem esclarecer sobre o que estava falando, em termos práticos.
O ministro afirmou que o governo vai receber 10 milhões de testes, mas não citou em quanto tempo. Disse que esse tipo de insumo precisa de “refrigeração específica” e de um plano de logística para distribuição aos Estados, principalmente aqueles com necessidades mais urgentes, como o Amazonas, que está recebendo apoio da Força Nacional do SUS. 
Teich disse que o governo habilitou 1.134 novos leitos de UTI pelo Brasil, o que demandará investimentos de R$ 163 milhões pelos próximos 90 dias. 
Número de  mortos no Brasil dobra a cada 5 dias
Rio de Janeiro (AE) – O número de mortes provocadas pela covid-19 no Brasil tem dobrado a cada cinco dias, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Nos Estados Unidos, essa duplicação ocorre a cada seis dias, e na Itália e na Espanha, a cada oito. O dado consta da última nota técnica do MonitoraCovid-19, um sistema da Fiocruz que agrupa dados sobre a pandemia do novo coronavírus, e revela a velocidade com que a epidemia se dissemina no Brasil.
“A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos. Por isso, o número de mortes está dobrando em um espaço de tempo menor”, afirmou o epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, e um dos responsáveis pelo trabalho. Além de epidemiologistas, geógrafos e estatísticos do Icict/Fiocruz têm trabalhado com a ferramenta para produzir análises sobre o avanço da doença.
“Os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia”, justificou Xavier. “Isso porque, no caso do óbito, mesmo o diagnóstico que não foi feito durante a evolução clínica do paciente pode ser investigado. Além disso, a situação clínica do paciente que vem a óbito é mais evidente, quando comparada aos casos que podem ser assintomáticos e leves.”
A nota técnica também alerta para a interiorização da epidemia, que está chegando de forma acelerada aos municípios de menor porte do País. Dentre os municípios com mais de 500 mil habitantes, todos já apresentam casos da doença. Naqueles com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, 59,6% têm casos. Já 25,8% dos municípios com população entre 20 mil e 50 mil, 11,1% daqueles com população entre 10 mil e 20 mil habitantes e 4,1% dos municípios com população até 10 mil habitantes apresentam doentes de covid-19.
Para o epidemiologista, a decisão de suspender o isolamento social em municípios que não têm nenhum caso da doença registrado é extremamente temerária, sobretudo em um momento de aumento da velocidade da disseminação da doença. “Estão tomando uma decisão muito arriscada”, disse. O pesquisador lembrou que, mesmo que não haja registro oficial, a doença já pode estar circulando. Além disso, ressalta ele, as cidades menores estão ligadas às maiores, e é inevitável que o vírus chegue até elas. “À medida que a doença avança para o interior e atinge cidades menores, a demanda por serviços mais especializados de saúde, como UTIs e respiradores, também cresce”, constata. 
Dados nacionais
Informações por estados
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