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Brasil vencendo a peste

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Alex Medeiros
Na coletiva de ontem da equipe do Ministério da Saúde, enquanto a mídia canalha especulava (leia-se Globo e Folha) e torcia para tornar real o delírio da demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta, devida e categoricamente desmentida por ele, o secretário de ciência, tecnologia e insumos estratégicos, o cardiologista Denizar Vianna, surpreendia todos anunciando a produção de hidroxicloroquina para combater os casos mais graves do coronavírus.
Quase que no mesmo instante, alguns dos principais portais de notícias da Espanha repercutia a opinião da cientista Elena Gómez-Diaz, do Instituto de Parasitologia e Biomedicina López-Neyra, uma especialista nos tratamentos de malária, conhecedora da farmacopéia brasileira, e defensora da utilização da hidroxicloroquina, o remédio que ganhou fama nas citações de Donald Trump, Jair Bolsonaro e Emmanuel Macron como solução no combate ao Covid-19.
Considerando o momento como “tempos de guerra”, a doutora Elena chamou a droga de “última bala da saúde” contra o coronavírus e explicou a diferença entre a hidroxicloroquina e a cloroquina, que intoxcou um casal na Califórnia.
A primeira é um derivado da segunda, que é um antimalárico original bem conhecido no Brasil desde a Gripe Espanhola, no começo do século XX. Também é usado contra doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatóide.
Na coletiva no Brasil, o ministro Mandetta alertou para o não uso do remédio sem orientação médica, e pediu à população que não adquira na farmácia, já que alguns efeitos tóxicos provoca indisposições como arritimia cardíaca.
Oriunda da substância quinina, uma descoberta do século XVI, a cloroquina tem familiaridade alcalóide com o quinino, que foi receitado pelo governo brasileiro em 1918 e aplicado no povo pelas equipes do médico Carlos Chagas.
Na minha mania de colecionar velharias, os amigos acabam colaborando com o acervo de passado, como na semana passada em que me chegou um recorte de antigo reclame de jornal, “conselhos ao povo” sobre a “influenza”.
Publicado há 102 pela autoridade de então, intitulada apenas de “Inspectoria de Hygiene”, o anúncio começava alertando para “evitar aglomerações, principalmente à noite”. E seguia avisando para ninguém “fazer visitas”.
“Tomar cuidados hygienicos com o nariz e a garganta” vinham destacados num parágrafos. Vê-se que mais de um século depois, continuamos precisando tomar as mesmas velhas precauções. E receitava até folhas de goiabeira.
Mas o principal parágrafo daquele texto publicitário de tanta urgência dizia assim: “Tomar, como preventivo, internamente, qualquer sal de quinino nas doses de 25 a 50 centigrammos (com dois MM, sim) por dia, nas refeições”.
O quinino esteve sempre presente na cena medicinal brasileira do século passado, e serviu até para fazendeiros e pequenos agricultores protegerem o gado contra a ameça da febre aftose. Dava-se ao animal o chá de quina-quina.
Vamos torcer pela experiência da medicina do Brasil e pela capacidade técnica de produção em larga escala da hidroxicloroquina. Que a última bala para matar o Covid-19 seja disparada em favor do mundo pelas nossas mãos.
Coluna
Globo x Governo
Ficou escancaradamente evidente que a Rede Globo assumiu o protagonismo da oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Caídos em descrédito, os partidos como PT, PSOL e PCdoB agora seguirão as pautas da empresa carioca.
Farsa
Não existe a menor evidência matemática, sequer se aproxima de ciência, uma pesquisa feita por telefone, abrangendo 1,5 mil pessoas de um universo de 200 milhões de almas. O Datafolha quer esconder a força narrativa da Internet.
Farsa II
Sócio da Globo, o Grupo Folha fez o serviço direitinho. Menosprezou o potencial comunicação das redes sociais para enaltecer a televisão e o jornal (leia-se Folha e Globo). Mas nenhum dos dois abdica dos seus perfis digitais.
Nos trending
Ontem, até 15h30, as cinco hashtag mais replicadas no Twitter do Brasil eram #IsolamentoVertical, #Meirelles, #BolsonaroTemRazão, #Covid19 e #Doria. Nos TTs mundiais, duas hashtags russas, duas americanas e uma chinesa.´
Exército
O portal da revista Época publicou na segunda-feira que o Exército Brasileiro decidiu suspender as férias de soldados e oficiais. Na terça, pouco antes de Bolsonaro falar à Nação, o comandante Edson Pujol divulgou um vídeo.
Na Itália
Os sites italianos registraram ontem o quarto dia consecutivo com redução do número de contágios, saindo de 3.491 para 3.612 infectados. Havia apenas 90 pacientes em tratamento intensivo e mais de 1.000 tiveram alta só ontem.
Nordeste
Até ontem, a região contabilizava 390 pacientes infectados por coronavírus, tendo o Ceará com o maior número e Pernambuco com o único óbito. Com 30% da população do Brasil, os 9 estados têm mais de 53 milhões de almas.
Natal
Nossa capital teve ontem uma quarta-feira com grande movimento de automóveis nas ruas, principalmente nas zonas Sul e Norte. Em Petrópolis e Ponta Negra, a presença de pessoas circulando indicavam normalidade.
Salários
A prefeitura de Macaíba começa a pagar hoje e conclui amanhã os salários de março dos seus servidores. A antecipação é pra minorar o clima tenso da pandemia, mas alerta para as incertezas que poderão vir a partir de abril.
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