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Brexit: Reino Unido

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Fernando Siqueira

Dia 19 do corrente mês, o Reino Unido começou oficialmente as negociações para saída do país da União Europeia, sendo o primeiro a faze-lo após a criação do bloco continental. O processo ainda vai demorar mais dois anos, mas implicará em mudanças significativas em termos sociais, políticos e especialmente econômicos.

Nesse turbilhão de interesses, o setor automotivo britânico quer garantir que o futuro da Grã-Bretanha seja rentável para manter os investimentos nas ilhas. A preocupação é devido ao temor que de um acordo de livre comércio com a UE possa fracassar, o que elevará os tributos e dificultará o processo aduaneiro entre o país e o continente. Fabricantes como Nissan, Toyota e Honda possuem grandes instalações no país, assim como a locais Vauxhall, Jaguar Land Rover, Rolls-Royce, Bentley e MINI. Lotus e outras marcas menores também estão baseadas no país, assim como a Ford, que tem ligações históricas fortes com o Reino Unido.

O setor automotivo pressiona o governo de Theresa May para que haja compensações para os fabricantes, a fim de que as operações possam ser mantidas e os empregos garantidos. O Reino Unido aparentemente vê na Turquia um exemplo para se relacionar com Bruxelas, mas neste momento, a UE não quer falar nisso. O objetivo inicial das negociações é garantir direitos de cidadania de europeus no país e as compensações financeiras obrigatórias que Londres terá de efetuar.

Do outro lado do Canal da Mancha, os fabricantes de automóveis também não estão felizes e esperam um acordo entre os dois lados, vistos que boa parte da cadeia de suprimentos do setor é enviado para o Reino Unido, assim como uma parcela importante é trazida das ilhas britânicas. Isso sem contar os veículos prontos, trocados através do canal. Os custos adicionais sem um acordo são estimados em bilhões de euros e o prejuízo será grande, mas especialmente para o lado inglês.

De forma individual, as marcas com fábricas em território inglês tem visões diferentes em relação ao Brexit. Para a Ford, o país tem que firmar um acordo de livre comércio com Turquia e África do Sul, países onde a empresa possui plantas. A Jaguar Land Rover já começou a produzir elétricos na Áustria, mas quer faze-lo em casa. Apesar disso, expandiu sua produção também para a Eslováquia.

A Nissan quer compensações ou deixará de investir no país. A empresa já se reuniu com o gabinete de May e está confiante em uma saída viável para o caso. A conterrânea Toyota investiu recentemente na produção do C-HR no país. A marca teve sua imagem associada com o Brexit e estuda acionar os responsáveis na justiça britânica. A Bentley pode transferir sua produção para o continente, enquanto a Vauxhall pode servir de base para produção de carros da PSA no país.

História da Volkswagen
Focada em vencer os desafios do presente e com os olhos voltados para o futuro, a Volkswagen comemora em 2017, 64 anos de Brasil.

Sua história começou de forma modesta, num galpão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, no dia 23 de março de 1953. A empresa foi logo reconhecida pelo mercado por fazer carros duráveis e confiáveis, com preço competitivo, facilidade de manutenção e alto valor de revenda.

Ao mesmo tempo, a Volkswagen se posicionou, desde o princípio, como a montadora mais inovadora do Brasil, lançando novas tecnologias e estabelecendo novos padrões de consumo. Um dos exemplos mais emblemáticos deste pioneirismo ocorreu quando a marca lançou a tecnologia Total Flex, que deu ao consumidor a liberdade de escolher o combustível de sua preferência.

Dentre os fatos marcantes da Volkswagen nos anos 1950, destaca-se a fabricação da primeira Kombi com 50% peças nacionais, em 1956. O fato ilustra o papel decisivo da empresa no desenvolvimento da cadeia de fornecedores e da economia do Brasil. Outro marco histórico foi a inauguração da unidade Anchieta, em 18 de novembro 1959, com a participação do ex-presidente da República Juscelino Kubistcheck, que desfilou pela fábrica num Fusca conversível.

Na década de 1960, a história da Volkswagen foi marcada por um crescimento acelerado e por lançamentos como o Karmann-Ghia (1962), a Variant (1969) e o TL (1970). Nos anos 70, nossa Engenharia do Produto mostrou a capacidade de inovação dos profissionais brasileiros e criou os primeiros Volkswagen genuinamente nacionais: a Brasília (1973), o SP1 e o SP2 (1975).

Ainda na década de 70, a Volkswagen do Brasil lançou o seu primeiro modelo com motor refrigerado a água e tração dianteira, o Passat (1974), uma revolução para a época. Em 1976, implantou a fábrica de Taubaté, com o propósito de fazer outro “brasileiro famoso”, o Gol. Lançado em 1980, o modelo logo tornou-se o maior sucesso da indústria automotiva nacional. Ele é líder há 27 anos consecutivos e já soma mais de 7 milhões de unidades produzidas.

Nos anos 1980, chegaram os derivados da plataforma Gol: o sedan Voyage, a perua Parati e a picape Saveiro, igualmente campeões de vendas em seus segmentos. Ainda naquela década, a Volkswagen do Brasil entrou no segmento de luxo, com o Santana (1984) e a Quantum (1985). Em 1988, a marca produziu o primeiro carro nacional com injeção eletrônica de combustível e ignição digital com mapeamento eletrônico, o Gol GTI.

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