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Brincando em solo carnavalesco

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Ramon Ribeiro
Repórter 
Cinthia Lopes
Editora 
A filha pródiga à casa retorna – e o momento não poderia ser mais especial. Roberta Sá chega à Natal para estrear no Carnaval da cidade trazendo na bagagem seu lado mais animado. O show acontece na terça-feira (13), às 23h, no Largo do Atheneu, em Petrópolis. No repertório, as músicas mais dançantes dos seus cinco discos de estúdio e sambas-enredos.
Roberta Sá, cantora e compositora
Roberta Sá é apaixonada pelo carnaval de rua, seja ele em Natal, Jacumã ou no Rio de Janeiro. Este ano, trocou o desfile na Portela para cantar nos carnavais de rua do Nordeste
Roberta Sá adora carnaval. Seja no Sambódromo ou nos bloquinhos de rua, ela está dentro para curtir. Embora esteja radicada no Rio de Janeiro desde os nove anos de idade, grande parte da sua vivência carnavalesca foi no Nordeste. Em solo potiguar, quando criança, seu carnaval era na Praia de Muriu, onde a família tinha casa de veraneio. Adulta, conheceu e se apaixonou pela folia pernambucana.
Nesta entrevista a TRIBUNA DO NORTE, a musa da MPB lembrou dos carnavais no Rio Grande do Norte, comentou sobre sua relação com o samba, e defendeu um projeto de carnaval autoral em Natal.
Roberta, você foi morar no Rio de Janeiro quando ainda era criança. Toda sua vivência de carnaval foi na Cidade Maravilhosa?
Na minha infância curti muitos carnavais em Muriú, na adolescência, em Pirangi, e na fase adulta, muito em função do meu trabalho, conheci e me apaixonei pelo carnaval de Recife. Inclusive esse ano estou me dividindo entre Natal, Recife e Rio.
Você vai desfilar na Portela em 2018. Como aconteceu sua aproximação com a escola?
Não vou poder desfilar por causa do show em Natal. Mas se tudo der certo, a Portela vai ganhar e saio no desfile das campeãs no domingo! Tenho um carinho enorme pela escola, muita admiração pelos compositores, pela história. Sou sempre recebida com muito carinho. Nos últimos anos tenho me aproximado muito. Quero me organizar pra não perder mais os desfiles.
Carnaval de rua é uma festa essencialmente mais agitada. O que você planejou para este show em Natal? 
Coloquei alguns sambas- enredo da Portela e do Império, alguns frevos e priorizei a parte mais dançante do meu repertório. 
A gente vê no Rio de Janeiro uma explosão dos blocos de rua. Gosta desse tipo de folia? Tem um bloco favorito?
Eu sou madrinha do Quizomba. E sempre que posso vou no Boitatá. Amo carnaval de rua. É uma catarse coletiva.
Você que acompanhou a retomada do carnaval de rua do Rio de Janeiro, que sugestão daria para consolidar de vez a cultura carnavalesca em Natal?
Ah! Isso me anima muito, sabia? É lindo ver o povo tomando as ruas. Natal tem um potencial incrível pra isso. Acho que a graça é criar um carnaval autoral, que tenha a cara da cidade, privilegiando sempre os artistas locais. É o artista local que faz a ponte com o artista nacional.
Você chegou a conhecer os blocos de alegoria de Natal, blocos de rua ou os mais irreverentes, como a Banda Gália?
Eu ia na troça do Sebastião em Pirangi. Mas o Jardim da Infância e a Banda Gália fazem parte do meu imaginário porque minha mãe, pai, avós, tios e tias têm fotos e muitas recordações dos carnavais da cidade. Uma época muito linda. Estou realmente muito emocionada em fazer parte dessa história.
Poderia lembrar alguma boa história do carnaval de Muriú?
Eu lembro que a gente pintava o rosto com desenhos no melhor estilo Pablo do qual é a música. Comprávamos maizena e jogávamos uns nos outros, colocávamos refrigerante na mamadeira, tinha os “assaltos” quando invadíamos as casas uns dos outros numa brincadeira muito inocente e familiar.
Numa entrevista aqui na Tribuna do Norte você chegou a comentar que tem mania de garimpar vinis, Cds e livros de música. Quais foram seus achados mais recentes e o que você tem aproveitado para ouvir?
Quando estou em estúdio escuto pouca música. Tô num momento de produzir mais do que escutar. Mas o que eu mais tenho gostado de ouvir é o último álbum da Ylana Queiroga. Uma cantora pernambucana que se revelou uma compositora de mão cheia!
Em sua agenda de carnaval tem desde o baile do Zeca Pagodinho, no Rio, até a Queirogada, em Recife. Você também se apresenta no Galo da Madrugada, antes de vir para Natal! É uma maratona que também reflete a  diversidade de ritmos e sotaques do Brasil. Essa imersão cultural e festiva de alguma forma contribui para seu trabalho?
Muito. Eu amo o Nordeste. Tenho muito orgulho de ser nordestina. Nossa musicalidade me inspira muito. Tô feliz e animada em passar o carnaval aí! Fora os amigos. Vai ser uma farra boa.
Depois do disco Delírio no Circo você está trabalhando algum material novo para 2018?
Estou sim. Tudo meio secreto ainda. Sou meio supersticiosa. Gosto de falar quando tá pronto. Mas vem coisa muito boa por aí. 
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