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Brown popular brasileiro

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Do alto dos seus 30 anos de carreira, Carlinhos Brown considera que finalmente está ‘maturado’. Um dos músicos mais irrequietos da moderna música baiana – e brasileira – celebra sua obra no show “Antônio Carlos Brown – Um Popular Brasileiro”, domingo, às 20h, no Teatro Riachuelo. Antes, no mesmo dia, ele fará um show fechado para estudantes de escolas públicas e particulares às 16h, relativo ao Projeto Educativo Paxuá e Parimim, parceria do cantor com o Grupo Neonergia. Brown, como sua música, não perde o ritmo.
"Quando a gente busca a mudança, a gente incinera o próprio Inferno, recomeça tudo de forma nova, e segue em frente", disse o cantor
O show é assumidamente um resgate artístico e emocional do artista baiano, girando em torno de suas atitudes, gestos, memórias, referências, e visões de mundo. O espetáculo tem concepção geral e direção de Paulo Borges, o homem que criou o São Paulo Fashion Week, referência em tendências e estilos. Pode parecer muita informação, mas faz sentido na trajetória artística de Brown. Para ele, é maturidade.

“Eu considero que após tanta coisa já feita, eu maturei. Hoje eu me sinto mais seguro para tudo, até pra cantar. Esse show é um reflexo de tudo que já fiz e venho fazendo, até mesmo desse meu momento televisivo. Estou também entrando na área das artes plásticas e da animação. Esse projeto do Paxuá e Parimim é algo novo pra mim, e que tem sido ótimo educar a criançada”, diz Carlinhos Brown, em entrevista por telefone ao FDS. Ele ressalta que o show tem muito apelo pop e imagens surpreendentes.

O repertório também passa a limpo a carreira do cantor, incluindo desde músicas do primeiro álbum, “Alfagamabetizado” até o premiado e popular projeto Tribalistas, diversos sucessos gravados ao longo de 20 anos, além de novas canções do seu recém-lançado disco, “Artefireaccua – Incinerando o Inferno”. Brown também foi o criador da banda Timbalada, e responsável pelos seus primeiros sucessos.

Carlinhos Brown segue acreditando no que chama de “música livre”. “Eu continuo pensando e fazendo música desse jeito, do primeiro ao último disco. Já gravei com todo mundo, do metal ao eletrônico. O rádio limitou o tempo das músicas, elas têm que ser curtas, mas pra mim não funciona assim. Uma música pode ter um minuto ou uma hora, continuo criando canções sem barreiras”, diz.

REINVENÇÃO
Sobre o subtítulo do novo disco, “Incinerando o Inferno”, ele diz que é uma metáfora sobre reinvenção. “Quando a gente busca a mudança, a gente incinera o próprio Inferno, recomeça tudo de forma nova, e segue em frente”, explica. Só uma coisa se mantém a mesma na música de Carlinhos: a percussão. “É um instrumento essencial pra mim, porque nunca foi carnavalesca. Eu vejo como uma volta aos primórdios da música nordestina. O Luiz Gonzaga foi um excelente percussionista e fez uma música muito sofisticada”, analisa. 

O artista baiano também vive um momento alto de popularidade graças à presença do júri do reality musical The Voice, na Globo, que já está indo para a quinta temporada. Ele conta que não tem o menor problema com isso. “A gente ensina a rapaziada a não cometer os erros que já fizemos no passado. Não vejo como um programa de ‘criar’ famosos, mas de ajudar a conduzir a carreira dos iniciantes. Eu mesmo aprendo com eles. Acho que os realitys fazem o papel dos antigos programas de música”, diz.

Público infantil
Já no show “Pajuá e Paramirim”, Brown traz a participação especial de Milla Franco e Rogério Lustosa, do grupo infantil Dó Ré Mi Lá.  No repertório, além música tema criada para o projeto, serão apresentados sucessos voltados para o público infantil, como “Anjo da Guarda”, “Velha Infância” e “Magamalabares”, e outras canções compostas para projetos infanto-juvenis como “Pererê Peralta”, e “Ararinha e Favo de Mel”, da trilha sonora do Filme Rio.

Serviço:
Antônio Carlos Brown – Um Popular Brasileiro. Domingo, às 20h, no Teatro Riachuelo. Entrada: R$120 (balcão/frisa), R$140 (plateia B), R$160 (camarote/plateia A).

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