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“Buracos…só escapa quem voa”

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Carla França – repórter

O conceito está na moda, em discursos e projetos do poder público e no planejamento urbano das grandes cidades. O dicionário é claro ao fixar os significados da palavra. A realidade é que complica e cria paradoxos.  Em Natal, enquanto a “qualidade de mobilidade” parece ser dos buracos, crateras e depressões nas ruas e avenidas – estão sempre aparecendo em pontos diferentes -; a faculdade de se mover para a população motorizada, pelas mesmas razões, está seriamente prejudicada.

A Travessa Pax, localizada ao lado do Solar Bela Vista, na Cidade Alta, é a única de Natal que ainda tem as pedras de maré (arenitos ferruginosos), comumente utilizadas para calçar as ruas da capital, entre o final do século 19 e início do 20. A rua é parte do patrimônio histórico da cidade, mas pode não durar por muito tempoDurante dois dias, a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE circulou pelas ruas da cidade para conferir essa situação. Além de vários buracos – grandes, pequenos, escondidos, visíveis – em todas as regiões, a equipe encontrou desnivelamentos dos ‘consertos’ mal feitos no asfalto.

Circular de carro, moto ou ônibus nunca é uma situação normal. Sobram reclamações, independente do trajeto pequeno ou grande que se faça, reclamações. De quem tem carro, de quem é motociclista e  caiu em um deles; de quem pega ônibus e sofre com os incômodos catabis durante as viagens.

E os buracos de Natal, da mesma forma como “se movem”, também tem esfera próprias de existência. Há os buracos municipais, aqueles que surgem pelo desgaste do piso asfáltico, infiltrações das chuvas, cessão do terreno e outras causas naturais e decorrentes do uso. Há os buracos terceirizados, decorrentes de obras realizadas por empresas e companhias públicas. Nesta segunda categoria – há quem diga que é a maioria – estão as valas abertas e mal fechadas pela Caern.

Sobre os primeiro, a prefeitura de Natal, através da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), afirma que a operação tapa buraco é realizada constantemente em todas as zonas de Natal. “Cada região tem uma empresa terceirizada responsável para fazer o levantamento e fechamento dos buracos. Geralmente esse serviço é feito em, no máximo, 15 dias”, disse o diretor do departamento de galerias e lagoas da Semopi, Wilton Galvão. Como a operação não é responsabilidade direta do setor que Wilton gerencia, ele não soube informar quanto é gasto com os consertos.

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte afirma fazer o reparo de todos eles de acordo com a demanda que é repassada pela Semopi. De acordo com a assessoria de imprensa da Caern, foi apresentado um projeto, no qual o município ficaria responsável pela manutenção de todos os buracos – inclusive os da Caern. O valor gasto nesses reparos seriam abatidos na conta de água da Prefeitura. A Companhia aguarda o posicionamento do município.

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