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Bush e candidatos não fecham acordo sobre pacote enviado pela presidência

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CRISE FINANCEIRA - Bush se reuniu com candidatos para agilizar o plano de ajuda aos mercadosWashington – À medida que a desordem nos mercados financeiros ameaçava  o primeiro debate entre os candidatos na campanha presidencial  americana, pareciam remotas as chances de que fosse alcançado ainda ontem um  acordo sobre o pacote de US$ 700 bilhões que a administração do presidente George  W. Bush enviou ao Congresso, mesmo após a reunião entre o presidente, os candidatos  Barack Obama (democrata), John McCain (Republicano) e os líderes dos dois partidos.

O senador republicano Richard Shelby (do Alabama) saiu da Casa Branca ao final  do encontro e disse que não há acordo, mas as negociações continuam no Congresso. “Eu não acredito que temos um acordo. Ainda existe muita divergência de opiniões”,  disse Shelby, que integra o comitê sobre o sistema bancário no Congresso. Os líderes da Casa Branca e do Congresso dos EUA prometerem que vão continuar  trabalhando juntos para finalizar um plano de socorro de US$ 700 bilhões para  o setor financeiro, afirmou a porta-voz da Casa Branca Dana Perino. “Existe  um claro senso de urgência e concordância sobre a necessidade de estabilizar  os mercados financeiros e evitar que uma massiva crise financeira afete todos na  América”, disse Perino. 

O comunicado foi emitido após o encontro entre Bush, líderes do Congresso de  ambos os partidos e os candidatos à presidência Barack Obama e John McCain para  discutir o plano.  Nem McCain e nem Obama falaram à imprensa logo após o encontro com Bush. Ambos  deixaram a Casa Branca por uma saída secundária, fechada a jornalistas. McCain voltou  ao prédio do Congresso, o Capitólio. McCain não informou se irá ao primeiro debate presidencial, ainda marcado para  a noite de hoje, na Universidade do Mississippi. Até o final da tarde de ontem,  o republicano mantinha a posição de não participar do debate com Obama. Ontem mais cedo, congressistas de ambos os partidos disseram que  um acordo preliminar havia sido fechado para o pacote.

Após duas horas de negociações no Congresso, o senador Chris Dodd (democrata)  disse que “estamos muito confiantes que poderemos agir com rapidez”. O acordo  preliminar então fechado previa que o pacote seria liberado em parcelas, a primeira  das quais seria de US$ 250 bilhões.

O presidente Bush voltou a alertar todos os participantes, antes do encontro,  que existe risco sério de recessão se o acordo não for aprovado em breve. “Vamos entrar em uma crise econômica séria no país se não aprovarmos uma legislação”,  disse Bush à imprensa antes do início do encontro na Casa Branca. “Sabemos que  precisamos fazer algo o mais rápido possível”, disse o presidente.

EUA têm menor nível de vendas

Washington – A crise imobiliária nos Estados Unidos continua preocupante.  Segundo dados divulgados ontem pelo Departamento do Comércio americano, as vendas  de imóveis residenciais novos nos EUA recuaram 11,5% em agosto, para 460 mil,  em taxa sazonalmente ajustada, para o menor nível em 17 anos, ou seja, desde  1991. Economistas previam vendas de 508 mil imóveis, ou queda de 1,4% em relação  ao dado original de julho. Trata-se do quarto declínio nas vendas de residências  novas em seis meses e, em comparação a agosto do ano passado, as vendas caíram  34,5%. 

Além do desanimador relatório sobre o mercado imobiliário, o governo informou  hoje que os pedidos de seguro-desemprego subiram na semana passada ao maior  nível em sete anos. As encomendas de produtos manufaturados caíram em uma quantidade  muito maior à antecipada, 4,5% em agosto. Ambos os dados indicam as crescentes  pressões que enfrenta a economia americana. As informações são da Associated  Press. O departamento revisou os dados de julho para alta de 4%, para 520 mil; ante  estimativa anterior de aumento de 2,4%, para 515 mil.

Bolsas sobem no Brasil e nos EUA 

São Paulo – A iminência de um acordo no Congresso dos Estados Unidos  para a aprovação do pacote de ajuda do governo do país ao sistema financeiro  animou os investidores fazendo o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa)  subir 3,98%. O dólar à vista fechou em queda de 1,57%, a R$ 1,8210 no balcão  e, na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), encerrou a R$  1,82, em baixa de 1,99%.  No exterior, os índices Dow Jones e Nasdaq subiram, respectivamente, 1,82% e  1,43% reagindo às indicações de que os líderes parlamentares no Congresso alcançaram  um acordo preliminar sobre o socorro de US$ 700 bilhões.

A Bovespa acompanhou  esse movimento, também influenciada por notícias locais que favoreceram as três  empresas com maior participação no seu principal índice: Petrobras, Vale e BM&FBovespa.  Na maior alta da semana, o Ibovespa fechou aos 51 mil pontos, para 51.828,46  pontos. Durante toda a sessão, oscilou apenas no terreno positivo, entre a mínima  de 49.848 pontos (+0,01%) e a máxima de 51.867 pontos (+4,06%). No mês, acumula  perdas de 6,92% e, no ano, de 18,87%.

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