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Cabotagem ajuda o Nordeste

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NAVIOS - Restrições a estrangeiros é um entrave a ser vencidoRio – O fortalecimento da navegação de cabotagem, como é chamada a navegação entre portos nacionais, pode favorecer o desenvolvimento industrial das regiões Norte e Nordeste do país. A afirmação foi feita ontem pelo economista Sander Lacerda, do Departamento de Transportes e Logística do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Lacerda disse que os altos custos dos transportes dificultam a instalação de empresas em estados das duas regiões. “Hoje em dia, é inviável que uma empresa que abastece estados das regiões Sul e Sudeste se instale, por exemplo, nos portos do Nordeste.

A matriz de transportes brasileira é muito desequilibrada e essa companhia teria de utilizar as rodovias para escoar seus produtos. Dadas as distâncias, os custos de transporte seriam inviáveis”, afirmou o economista, ao participar, no Rio, da conferência Portos do Brasil 2006.

Segundo o economista, com o desenvolvimento do setor, muitas empresas teriam interesse em se fixar naquelas regiões, que têm abundância de terra a preços atrativos e mão-de-obra barata. “E nós não estamos aproveitando isso”, lamentou. 

De acordo com Lacerda, a legislação do setor, que só permite que navios de bandeira brasileira realizem a navegação de carga entre os portos nacionais, é um entrave ao crescimento. Ele defendeu a abertura desse mercado à concorrência internacional.

“A cabotagem de contêineres tem crescido nos últimos anos, mas ainda é muito reduzida frente às possibilidades que existem. Permitir que as empresas brasileiras fretem embarcações no exterior seria importante. Hoje, isso não é possível e faz com que o Brasil tenha uma frota muito pequena”, disse.

O economista do BNDES acrescentou que os estaleiros nacionais não têm produzido navios para a cabotagem de contêineres porque estão voltados principalmente para embarcações ligadas a atividades petrolíferas. “Suprir os rigores da competição seria fundamental para a redução dos fretes e aumento da freqüência do serviço no país”, concluiu.

No Brasil, a quase totalidade do transporte de carga é feito hoje por estradas, em caminhões cada vez mais pesados, e por trens, mas os combustíveis em alta aumentam os custos da mercadoria.

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