Rio – O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) enviou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o ofício que pede formalmente a atuação das Forças Armadas no patrulhamento das áreas que ficam ao redor das unidades militares no Rio. No curto texto, o governador justificou o pedido alegando que “tal solicitação se faz necessária a fim de que as Forças Armadas possam colaborar com maior efetividade no combate à criminalidade no Estado do Rio de Janeiro”. Cabral também fez o pedido formal de envio da Força Nacional para o Rio.
Os documentos materializaram as decisões da reunião de anteontem no Palácio Guanabara entre o governador, os secretários nacional e estadual de Segurança, representantes regionais das três Forças, os chefes das polícias Civil e Militar e representantes do Poder Judiciário. “Falei com o presidente Lula e ele, assim que receber, vai despachar para os comandantes das três Forças. Estamos muito esperançosos de que esta parceira vai ajudar na segurança pública do nosso Estado. O presidente Lula ficou muito feliz com a reunião realizada. Tenho certeza de que esta parceria será muito positiva, disse o governador.
Lula oficializa ida de tropas ao Rio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ontem a atuação das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança no Rio de Janeiro. Lula atendeu o pedido feito pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) de envio imediato de contingente militar para o Estado.
Em correspondência que será enviada a Cabral, o governo federal informa que o presidente determinou “a efetiva participação das Forças Armadas no Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública, em implantação no Rio, e a intensificação da atuação na proteção de suas bases no Estado”. O pedido para que tropas da Marinha, Aeronáutica e Exército reforcem o policiamento nas ruas do Rio foi feito por Cabral na manhã de ontem. Ainda segundo a carta, a Força Nacional de Segurança “está sendo mobilizada nos termos do último encontro entre as autoridades federais e estaduais”. Lula se reuniu emergencialmente com os ministros da Defesa, Waldir Pires, da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro interino da Justiça, Luiz Paulo Barreto, para tratar do problema da segurança no Rio. Eles discutiram quantos homens e quando eles serão enviados para o Estado, mas estes dados não foram repassados à imprensa por serem considerados estratégicos.