A noite era de gravação do DVD “Multishow Ao Vivo Cê”, mas Caetano Veloso aproveitou o show na Fundição Progresso, na terça-feira, para tentar pôr fim ao imbróglio envolvendo a música feita para Luana Piovani – sim, ela foi sua musa inspiradora -, comentar sobre um possível romance com a atriz Ildi Silva e, claro, falar de política.
Ao cantar “Um Sonho”, Caetano disparou: “Luana não está de todo errada quando diz que a música foi para ela. Grande parte foi inspirada nela. Mas eu não gostei da atitude dela (de dar publicidade a isso). Ela tinha que ter me ligado e perguntado: ‘Caetano, posso falar?’”.
Em seguida, comentou sobre “Musa Híbrida”, outra música do disco “Cê”: “Essa música dizem que foi feita para Ildi Silva. Agora os sites de fofoca estão dizendo que ela está desmentindo ser minha namorada. Ela não poderia desmentir um coisa que eu nunca disse. Eu nunca disse que ela era minha namorada.”
E mais uma vez repetiu uma fala decorada, que faz parte do roteiro do show “Cê”, desde a estréia no ano passado: “A mim me perguntam sobre tudo e eu respondo tudo, porque sou maluco. Estou acostumado a desagradar desde 1967. Eu dei uma entrevista ao (jornalista) Jorge Bastos Moreno no blog dele e eu li os comentários. Os lulistas me esculhambaram, os antilulistas me esculhambaram. Houve um cara que bateu, tocou em mim. Ele dizia: ‘Vocês todos têm razão. Ninguém agüenta mais ouvir o Caetano falando sobre tudo. Mas o pior é ter que ouvir o Caetano tocando violão.’”
Três mil pessoas, 2.500 pagantes e 500 convidados, estavam na Fundição Progresso (a casa da Lapa tem capacidade para 5 mil e, dois dias antes, estivera abarrotada para o último show de despedida da banda carioca Los Hermanos). Era Dia dos Namorados e muitos casaizinhos deram as costas para o palco para se entreterem sozinhos.