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Cai preço para distribuidoras

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Andrielle Mendes – Repórter de economia

Em meio aos recentes reajustes de óleo diesel, etanol e gasolina comum, a Petrobras decidiu reduzir o preço do gás natural de origem nacional, em média, em 9,7% para as distribuidoras. A medida entra em vigor a partir de 1º de maio e vale até julho e, apesar de parecer alentadora, não  significará queda de preços para o consumidor.

O preço do GNV, por exemplo, não será reduzido com a medidaSegundo a Companhia Potiguar de Gás (Potigás), responsável pela distribuição do combustível no estado, o gás natural veicular (GNV) – que chega a ser comercializado por R$ 1,999 para o consumidor – e o gás destinado às indústrias  não ficarão mais baratos em razão da medida.

 Segundo Antônio Manoel Carrilho, diretor técnico e comercial da Companhia, na prática, a Petrobras apenas suspendeu o reajuste que seria aplicado a partir de maio. “O preço de todos os outros combustíveis – diesel, etanol, gasolina comum – subiu. O do gás natural não aumentará”. Isso dá uma ideia aparente de ‘redução’, segundo Carrilho.  Segundo ele, atualmente, 1 m³ de GNV custa R$1,2604 no RN para os revendedores. O valor deve se manter no mesmo patamar pelo menos até julho de 2011. Se haverá algum aumento ou redução depois disso, vai depender de decisão da Petrobras. “Mas não haverá redução de preço em maio”, reitera Carrilho.

Em nota à imprensa, a Petrobras esclareceu a concessão do desconto. “Diante do cenário recente de evolução dos preços dos energéticos e suas consequências sobre os valores estipulados nos contratos de gás natural de origem nacional, a Petrobras resolveu, a seu exclusivo critério, conceder um desconto nestes contratos a partir de maio de 2011”, afirmou. A medida, segundo a Petrobras, se baseou em estudos da área comercial da companhia.

O desconto médio de 9,7%, segundo a Petrobras, será aplicado aos contratos de fornecimento de gás para as distribuidoras sobre o reajuste de 1° de maio e, em consequência, os valores praticados nos próximos 3 meses (maio a julho) serão inferiores aos do período anterior. Apesar disso, a fórmula de precificação vigente não será afetada.

Embora não interfira no preço atual, a suspensão do reajuste tem alguns efeitos práticos em todo o País. A medida  aumenta a competitividade do GNV. As seis convertedoras potiguares (quatro em Natal e duas em Mossoró), segundo a Potigás, duplicaram o número de conversões de veículos a gasolina para gás natural. A mudança de comportamento, reflexo do encarecimento da gasolina comum, sinaliza aumento no consumo. O número de conversões, segundo ele, poderá subir ainda mais com a nova medida da Petrobras. Carrilho citou o exemplo de uma convertedora que realizava, em média, 15 conversões, por mês, antes do reajuste da gasolina comum, e passou a realizar até 40 conversões após o reajuste da gasolina comum. “O gás natural está mais competitivo.  Isso se refletiu no número de conversões”, afirmou.

    O cenário atual é bem diferente do apresentado em 2010, quando o consumo de gás no segmento automotivo fechou com queda de 2,80% no Rio Grande do Norte, segundo relatório elaborado pela  Companhia Potiguar de Gás. O aumento de preços do GNV nas bombas e a redução do número de conversões de veículos foram diretamente responsáveis pelo desempenho.

No início do ano, os preços continuavam altos, e o consumo baixo. Segundo pesquisa do Procon Municipal, o preço do GNV aumentou 10,72% os primeiros três meses do ano em Natal. Reajuste que, segundo Carrilho, não foi repassado pela distribuidora. Na distribuidora, diz ele, o aumento  ficou em torno de 4,9% entre janeiro e abril.

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