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Calor eleva consumo de energia

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Yuno Silva
Repórter

As duas últimas semanas foram marcadas por um aumento brusco na sensação térmica em Natal, mas apesar do calor que emenda o final do verão com o início do outono, a temperatura máxima se manteve bem próxima da média histórica para o período: 30,3 graus Celsius. Entre os dias 12 e 20 de março os termômetros oscilaram pouco, de 30,6ºC a 31,4ºC, o que faltou nesse intervalo foi a brisa que refresca o corpo e reduz os efeitos da alta umidade relativa do ar que bate na casa dos 80% no período da manhã. A explicação para essa onda de calor de calor que movimenta o mercado de ventiladores, condicionadores de ar, sorvetes e água mineral, e eleva o consumo de energia elétrica, está na direção dos ventos.

Entre os dias 12 e 20 de março a temperatura máxima em Natal teve pouca oscilação. Ficou entre 30,6 e 31,4 graus centígrados, segundo monitoramento da UFRN

Entre os dias 12 e 20 de março a temperatura máxima em Natal teve
pouca oscilação. Ficou entre 30,6 e 31,4 graus centígrados, segundo
monitoramento da UFRN

#SAIBAMAIS#De acordo com o meteorologista e professor Weber Andrade Gonçalves, do Departamento de Ciências Atmosféricas e Climáticas da UFRN, os ventos que geralmente vem de sudeste deram lugar à direção nordeste. “Na semana passada registramos grande mudança no comportamento dos ventos, que passaram a vir de nordeste. São ventos mais quentes; diferente do padrão de circulação sudeste, mais intenso e fresco. Na noite de segunda-feira (19), a direção já estava mais próxima do normal e a previsão é que permaneça”, informou o especialista.

Além da temperatura em si, o professor Weber Andrade destacou que a sensação térmica é influenciada pela direção e intensidade dos ventos, e o índice de umidade relativa do ar.

O grau de urbanização da cidade também interfere, e cria ilhas de calor conforme a característica das construções, vias asfaltadas, impermeabilização do solo e concentração de edifícios. Em alguns casos, a diferença de temperatura registrada nas chamadas ilhas de calor pode chegar a 4º graus centígrados.

Os termômetros também não registraram grande variação no período em Mossoró, região Oeste do Rio Grande do Norte. Segundo José Espinola, professor de meteorologia e climatologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), “os dados coletados estão dentro da normalidade para a época”. Espinola informou que a faixa entre 14h e 15h horas, considerada a mais quente do dia, manteve a máxima na casa dos 34ºC aos 36ºC.

“Não está esse calor todo, é mais a sensação térmica, relacionada à umidade relativa do ar que chega a 80% na parte da manhã”, reforçou o professor da Ufersa. Ele explicou que “cada grama de vapor de água em suspensão no ar armazena 590 calorias de energia, que fica em torno das pessoas e aumenta a sensação de calor”.

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